Um estudo de iniciação científica realizado dentro da Santa Casa de Rio Claro, ganhou reconhecimento nacional e foi publicado na maior revista de mastologia do país.
O estudo aborda o tratamento do câncer de mama em relação à disfunção sexual e tem como primeira autora Letícia Sposito, aluna do terceiro ano de medicina do Claretiano e coordenação do renomado mastologista Dr. Daniel Buttros. “Trata-se de um estudo inédito no país, por isso, tem ganhado essa projeção”, explica o médico e coordenador.
A pesquisa foi aplicada em pacientes em tratamento de câncer de mama no setor oncológico do hospital. Essa é a segunda vez que um estudo com grande projeção acontece dentro da Santa Casa. O próprio Dr. Daniel Buttros abordou a relação entre o tratamento do câncer de mama e problemas cardíacos, alcançando reconhecimento internacional. “Temos cumprido nossa missão de servir a área da saúde, possibilitando melhorar a qualidade de vida das pessoas também a partir de estudos sérios que possam ser realizados aqui dentro”, comenta Francisco Sterzo, um dos diretores do hospital.
Segundo o coordenador, essa é uma abordagem inédita e o estudo deve levar em torno de dois anos para ser concluído. “Foram consideradas as queixas sexuais das pacientes e já chegamos a resultados interessantes”, diz a pesquisadora.
O trabalho foi registrado e passou pelo Comitê de Ética da Plataforma Brasil, uma base nacional e unificada de registros de pesquisas, de natureza consultiva, deliberativa e normativa, que tem por finalidade o controle social das pesquisas envolvendo seres humanos. “Tão gratificante quanto realizar uma pesquisa que pode contribuir com a melhoria da qualidade de vida do ser humano, é poder ajudar a formar novos pesquisadores e ampliar a força desse trabalho”, diz Buttros.
Segundo a conclusão parcial do estudo, publicado na revista Mastology 2020, “A maioria das mulheres tratadas para câncer de mama teve desempenho sexual classificados como “bons e excelentes”, embora uma porcentagem significativa tivesse diagnóstico de disfunção sexual. Dispareunia é o sintoma mais prevalente quando comparado com a população sem câncer de mama”.
Além da aluna Letícia e do coordenador, também participam do estudo Caroline Nakano Vitorino, Vanildo Prado, Felipe Bedran Neto, Jair Verginio Junior, Dr. Marco Aurélio Mestrinel e Fernando Viana Hummel.
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