A discussão sobre a pavimentação dos 20 bairros em Rio Claro voltou a ser pauta na sessão da Câmara dessa segunda-feira (27).
Os vereadores ainda não entraram em consenso sobre o financiamento de R$ 30 milhões, anunciado no dia 9 de agosto nas páginas do Centenário e que teve a promessa do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, de que a tramitação e análise de crédito na Caixa seria célere.
“Eu tiro o chapéu para o ex-prefeito Nevoeiro Jr., que pavimentou diversos bairros sem financiamento. Falta administração”, argumentou o vereador José Perereira, o Pereirinha (PTB), sobre a gestão do atual prefeito e sugerindo que o cidadão pague pela pavimentação.
A discussão se deu devido aos inúmeros requerimentos solicitando a pavimentação de diversos locais. O parlamentar Julinho Lopes (Progressistas) destacou que a secretaria de Obras não tem mão de obra para realizar o serviço. “Temos apenas um pedreiro para atender a cidade toda”, justifica.
Rafael Andreeta (PTB) criticou a falta de mão de obra. “A secretaria de obras tem somente um pedreiro para a cidade toda. Aí não dá”, enfatizou.
Enquanto alguns vereadores acreditam que a melhor forma para a pavimentação seja a sua realização por meio do financiamento, outros discordam, como foi o caso de Pereirinha. “O municípe quer pagar a sua pavimentação e sair do barro e da poeira”, disse ao reiterar que esse modelo funcionou no passado e pode voltar a dar certo.
O presidente da Casa, André Godoy (Democratas), enfatizou que o financiamento será utilizado para os projetos que estão em análise e não cobrem todos os bairros. “R$ 30 milhões não dá para fazer tudo. São quase 20 bairros em Rio Claro sem pavimento. O valor do financiamento é relativo aos projetos que estão em andamento”, lembrou o parlamentar que esteve em Brasilia, no Ministério das Cidades, junto com o prefeito João teixeira Junior, o Juninho da Padaria (Democratas).
Andreeta citou declarações feitas pelo prefeito à imprensa sobre fincanciamento e relativas às críticas feitas pelo parlamentar. “Eu não sou contra o asfalto, todo mundo sabe que eu sou um pedinte de asfalto. Só quero deixar clara a falta de coerência do prefeito. Quando era vereador, era contra financiamento, agora que é prefeito, é a favor”, cutucou. Sobre Juninho, o petebista disse ainda: “ele falando menos, será um grande poeta”.
CONCURSO
A vereadora Carol Gomes (PSDB) questionou a legalidade do concurso público realizado na cidade. A jovem conta que recebeu de uma munícipe uma reclamação de que a prova de arquitetura teria repetido 18 das 20 questões de outra prova aplicada por outra instituição. “Não são questões semelhantes, são questões idênticas”, enfatizou. A tucana destacou também que se aconteceu em uma das provas, pode ter ocorrido em outras. “Quero verificar a legalidade do concurso”, frisou. Os vereadores André Godoy e Yves Carbinatti (PPS) solicitaram assinar o pedido de esclarecimento em conjunto.
BLOQUEADO
Fato curioso aconteceu depois da reclamação do vereador Luciano Bonsucesso (PR) sobre o prefeito Juninho da Padaria. “O senhor está deixando a desejar. Me desbloqueia do seu celular. Por que o senhor me bloqueou? Não tenho nada contra o prefeito”, disse o parlamentar ao explicar que não consegue efetuar chamadas para o chefe do Poder Executivo para solicitar pedido dos cidadãos.
Andreeta ficou perplexo com a informação. “Não estou acreditando que ele fez isso. Faz o que ele fazia quando era vereador. Passa o telefone dele para as pessoas do bairro”, sugeriu ao colega, referindo-se à prática de Juninho de passar o telefone do prefeito quando vereador. “Acabou a palhaçada, não dá para ficar mandando beijinho e não fazer nada”, alfineta.
Depois das críticas e quase no final da sessão, Luciano destacou: “Ele [prefeito] desbloqueou meu telefone. Ele acabou de tentar me ligar, mas eu estava na sessão. Não tenho nada contra o prefeito, só quero que me atenda”, disse