O encontro foi realizado na manhã dessa sexta-feira (31), no Teatro Sesi, que ficou lotado. Antes de entrar, o presidente da Fiesp e do Ciesp, Paulo Skaf, declarou ao Diário do Rio Claro que estava ali para um bate-papo. “É uma reunião aberta para o setor empresarial, para academia, jovens, tenho feito um diálogo e é muito importante. Essa volta que dou pelo estado aprendo muito e trago notícias e informações. Tem sido de muita valia”, avaliou.
PREVIDÊNCIA
No encontro, defendeu a aprovação da Reforma da Previdência. ”O principal ponto agora é a aprovação da reforma da previdência, não temos alternativas, o governo federal gasta 52% do orçamento dele, mais da metade, para pagar aposentados e, se nada for feito, daqui 15 anos vai gastar 100% do orçamento. Estamos apoiando e temos convicção que vai ser aprovada na Câmara dos Deputados ainda neste semestre”, salientou durante a entrevista.
IMPACTO
Em sua avaliação, o Brasil sofre os impactos com o atraso na aprovação. “O primeiro trimestre teve crescimento negativo, o segundo também não está indo bem, todos os setores estão sentindo retração. Mas, o governo decidiu que primeiro se aprova a reforma da previdência e depois pretende tomar medidas a curto prazo para dar oxigenada no mercado.
A reforma da previdência por si só não vai resolver o problema do Brasil, mas ela cria condições no ajuste fiscal, na retomada de crescimento, há uma liquidez muito grande de recursos, dinheiro no mundo que querem investir no Brasil.
No momento que passar a reforma da previdência e fazendo uma boa reforma tributária simplificando, barateando e dando competitividade para quem trabalha no Brasil, sem dúvidas vamos ter muitos investimentos, emprego, consumo e entrar num círculo virtuoso de coisas boas, que é o que a sociedade brasileira quer”, observou.
MANIFESTAÇÃO
Skaf abriu para perguntas e dentre os assuntos se posicionou sobre os manifestos realizados nos últimos dias pelo Brasil. “A manifestação foi na frente da Fiesp/Ciesp, em São Paulo. Vejo como lado positivo escolherem o ponto como referência, mas não participamos, não é que não apoiamos, é porque numa democracia você tem que respeitar as pessoas.
Mas não participamos porque, em nossa visão, o momento não é de manifestação, é de trabalho, não estamos na guerra, estamos na pós-guerra. A guerra foi o ano passado. A nação brasileira não precisa de divisões, precisa de união e trabalho”, avaliou.
DE TODOS
Paulo Skaf falou ainda que esteve com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo e o convidou para encontro na Fiesp no dia 11 de junho, estendendo o convite aos presentes no evento em Rio Claro. Sobre o presidente e polêmicas, disse. “Ele é autêntico, espontâneo, é o presidente de todos”, afirmou.
Defendeu a educação de qualidade desde a infância, destacando escolas experimentais do Sesi. “Nós precisamos nos reinventar sempre”, disse.