O Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Rio Claro passou a realizar atendimentos para solicitação de Seguro-Desemprego e de auxílio emergencial após solicitação feita pelo Governo Estadual, já que, o Poupatempo está fechado e devido à crescente demanda por estes atendimentos. Após analisar o pedido, o PAT de Rio Claro entendeu como possível incorporar os novos atendimentos sem que seja necessário alterar a jornada de trabalho.
De acordo com a Diretora do PAT de Rio Claro, Renata Cristina Murbach, a unidade tem atendido uma média de 20 pessoas por dia para auxílio emergencial e 40 para Seguro-Desemprego. “O Governo solicitou que fizéssemos 20 atendimentos por dia, para cada um dos dois serviços, no entanto, estamos conseguindo atender o dobro de pessoas, mesmo com o horário de funcionamento reduzido”, salientou a diretora.
A procura tem crescido e, segundo o órgão, os agendamentos para requerer o Seguro-Desemprego estão lotados até o dia 25 de junho.
Para evitar aglomerações, os atendimentos são realizados com hora marcada. Os agendamentos podem ser feitos pelos telefones 3524-0504 e 35236-3245. A diretora observa a importância dos solicitantes cumprirem a data. “Pedimos que as pessoas agendadas não faltem e cheguem no horário para que não atrasem os atendimentos’, ressalta.
Vagas de Emprego
Os cadastros de currículos e interesse em vagas de empregos devem ser feitos por e-mail e telefone do Posto de Atendimento ao Trabalhador. “Estamos com cadastro e encaminhamento de currículos para as empresas que estão com vagas em aberto no quadro”, observa a diretora.
O período apresentou queda na oferta de vagas. “A quantidade de vagas caiu um pouco, devido a pandemia. A maioria das empresas estão demitindo funcionários. Nessa quinta-feira tínhamos 41 vagas no quadro, algumas já foram fechadas”, disse Renata.
Segundo levantamento, o Brasil perdeu mais de 860 mil empregos formais em abril. De janeiro a abril foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões.
As demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nessa quarta-feira (27). O saldo de abril foi o pior da série histórica iniciada em 1992.
Enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação com abril de 2019. Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com saldo negativo (mais demissões do que contratações) de 260.902. O estado é seguido por Minas Gerais com 88.298 demissões (descontadas as contratações); Rio de Janeiro, 83.626, e Rio Grande do Sul, 74.686.
O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse em notícia publicada pela Agência Brasil que o resultado reflete os efeitos da pandemia da covid-19 na economia brasileira. “É um número duro, que reflete a realidade de pandemia que vivemos, mas que traz algo positivo. Demostra que o Brasil está conseguindo preservar emprego e renda. No entanto, pelos mesmos motivos de pandemia, não estamos conseguindo manter a contratação que mantínhamos outrora”, disse, acrescentando que na comparação com outros países, o Brasil está em situação melhor. “Os Estados Unidos estão com mais de 35 milhões de pedidos de Seguro-Desemprego e o Brasil está chegando ao número de 860.500 desempregados. Isso demostra a efetividade das medidas conduzidas pelo governo”.
Em março, mês de início das medidas de isolamento social devido à pandemia da covid-19, o saldo de emprego formal ficou negativo de 207.401. Foram 1.316.655 admissões e 1.524.056 desligamentos.
De janeiro a abril de 2020 foram 4.999.981 admissões e 5.763.213 demissões no país, com resultado negativo de 763.232. As admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no período, comparado ao primeiro quadrimestre de 2019. O salário médio real de admissão no Brasil passou de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado.
Manutenção de empregos
Desde 1º de abril, data da edição pelo governo federal da Medida Provisória 936/2020, que criou o Programa Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, foram preservados mais de 8,1 milhões de empregos no país, informou o Ministério da Economia. O programa prevê que os trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado receberão o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm).
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