O carnaval está se aproximando e os organizadores intensificam os preparativos para a festa. Reunião na segunda-feira (13) discutiu ações para garantir a segurança de mulheres durante a folia. O encontro contou com participação de representantes de vários segmentos envolvidos no carnaval: prefeitura, Câmara Municipal, Guarda Civil Municipal (GCM) e escolas de samba.
Na sessão ordinária da Câmara Municipal de segunda-feira (13), a vereadora Carol Gomes, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher do Legislativo, falou sobre algumas das ações definidas na reunião. A parlamentar informou que a passarela do samba terá tenda da Guarda Municipal para atender as mulheres em possíveis casos de importunação sexual e outros delitos.
“A mulher que se sentir desrespeitada poderá buscar atendimento nesse espaço”, informou a vereadora, ressaltando que a tenda irá atender qualquer pessoa que se sentir lesada em seus direitos. De acordo com ela, essa e outras ações serão adotadas para coibir casos de estupro que, segundo as estatísticas, crescem 15% durante a festividade. Isso sem falar de outros crimes como importunação sexual, assédio, abuso etc.
A vereadora disse que a Secretaria Municipal de Comunicação e Assessoria dos Direitos da Mulher vão criar um “assediômetro” que terá afixação de cartazes com orientações em locais visíveis da passarela do samba (camarotes, arquibancadas, portarias etc), bem como haverá divulgação nas redes sociais. Esse material terá informações tanto para as pessoas poderem ajudar em caso de violência, quanto para as vítimas poderem se defender. Em momentos oportunos, o locutor da festa também fornecerá orientações, além de divulgar o telefone 153 da Guarda Municipal.
Além disso, um vídeo institucional também será divulgado nos canais digitais, nas quadras das agremiações e outros espaços. Nele, os presidentes das escolas de samba falarão sobre importunação sexual, mecanismos de defesa e a importância de respeitar a mulher, assim como as demais pessoas. “Não é porque se usa roupa curta durante a festividade que isso é um convite para a importunação sexual e outros tipos de abuso”, frisou Carol. “A gente fez esse trabalho para diminuir o aumento de estupros e crimes similares”, acrescentou.
Carol informou ainda que também há tratativas com a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) para que seja criado um plantão de atendimento durante a festividade. Assim, caso haja alguma ocorrência de estupro ou outro tipo de violência, a vítima possa ser acolhida em espaço reservado para atendimento. Ofício sobre o assunto também será enviado ao delegado seccional com o objetivo de criar uma rede amparo e proteção à mulher durante o carnaval.
Por Ednéia Silva / Foto: Divulgação