Das 150 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos, 37 são de ouro. A glória máxima foi atingida pela primeira vez na Antuérpia em 1920, no dia 3 de agosto, com Guilherme Paraense, no Tiro Esportivo, empunhando uma pistola militar masculina de 30 metros.
A medalha de ouro só voltou a reluzir para o Brasil na Olimpíada de Helsinque, em 1952, quando Adhemar Ferreira da Silva assombrou o mundo, no salto triplo masculino, feito que iria repetir quatro anos depois, em Melbourne, tornando-se um dos maiores nomes do atletismo mundial.
Passaram-se muitos anos, até que em 1980, nas águas geladas de Moscou, Alexandre Welter e Lars Sigurd Björkström subiram no lugar mais alto do pódio na modalidade Vela categoria Tornado Masculino. Além deles, Marcos Eduardo Penido também levou o ouro na Classe 470.
A partir daí, o Brasil pegou gosto pela coisa e já em 1984, na Olimpíada de Los Angeles, Joaquim Cruz despachou o favorito e campeão mundial Sebastian Coe para conquistar o ouro na prova dos 800m rasos do atletismo.
Veio 1988, e dessa vez foi o judô que brilhou, com Aurélio Miguel, na categoria até 95 kg masculino. Em 1992, em Barcelona, o judô voltou a brilhar com Rogério Sampaio, que faturou a medalha de ouro na categoria até 65 kg. E finalmente, a trajetória vitorioso do vôlei masculino, iniciada com a medalha de prata em 1984, atingiu seu momento culminante com a conquista da tão desejada medalha de ouro do time comandado em quadra por Marcelo Negrão e fora dela por José Roberto Guimarães.
Em Atlanta-1996, o Brasil voltou da disputa com mais 3 medalhas de ouro na bagagem. Uma com Jaqueline Silva e Sandra Pires no vôlei de praia e duas na vela com Torben Grael e Marcelo Ferreira, na classe Star e Robert Scheidt na classe Laser.
O Brasil só voltou a conquistar medalha de ouro na Olimpíada de Atenas em 2004. E novamente com Robert Scheidt, na vela laser. Também subiram ao topo do pódio olímpico, naquela oportunidade, a equipe de vôlei masculino, a dupla de vôlei de praia com Ricardo Santos e Emanoel Rigo, além do cavaleiro Rodrigo Pessoa, no hipismo, salto individual e a dupla Torben Grael e Marcelo Ferreira, na vela estar.
Finalmente o ouro no vôlei feminino
Pequim-2008 reservava consagração máxima para o nadador Cesar Cielo, na prova dos 50m livre, para a atleta Maurren Maggi no salto em distância e ainda para a equipe de vôlei feminino que, finalmente, após muitas tentativas, obteve a tão sonhada medalha de ouro.
O Judô seguiu fazendo história, nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, quando Sarah Menezes faturou o ouro na categoria até 48kg. A boa surpresa ficou por conta do ginasta Arthur Zanetti, ouro na difícil prova das argolas. E como tudo que é bom merece bis, as meninas do vôlei esbanjando raça e categoria repetiram o feito vitorioso de quatro anos antes e faturaram novamente a medalha de ouro.
Feito histórico na Rio-2016
Veio então, a aguardada Olimpíada Rio-2016, quando a maior delegação brasileira a competir nos Jogos Olímpicos obteve 7 medalhas de ouro, no melhor desempenho do país até então. O seleto rol dos campeões olímpicos registrou em 2016, os nomes de Rafaela Silva (Judô), Thiago Braz (Salto com vara), Robson Conceição (Boxe), a dupla Martine Grael e Kahena Kunze (Vela), Allison Cerutti e Bruno Oscar Schmidt (vôlei de praia) e as equipes de futebol masculino e de vôlei masculino.
O feito histórico de 7 medalhas de ouro se repetiu em Tóquio-2020, com ítalo Ferreira (Surfe), Rebeca Andrade (ginástica artística), Martina Grael e Kahena Kunze (vela), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaias Queiros (canoagem), Hebert Conceição (boxe) e a equipe de futebol masculino.
Além dessas 37 medalhas de ouro, o Brasil já conquistou 42 medalhas de prata e 71 de bronze nas mais diversas modalidades na história dos Jogos Olímpicos.
Judô, o papa-medalhas do Brasil
Entre todas as modalidades, o judô é aquele que mais conquistou medalhas para o Brasil em Olimpíadas. Desde Antuérpia-1920 até Tóquio-2020 foram 23 medalhas sendo 4 de ouro, 2 de prata e 17 de bronze.
Fica a expectativa para saber como será o desempenho da delegação brasileira em Paris-2024, formada por 277 atletas. As disputas começam já no dia 25 para o futebol feminino do Brasil, a primeira modalidade a iniciar a disputa por medalhas, que, em seu jogo de estreia enfrentará a Nigéria, às 19 (horário de Brasília), em Bordeaux.
Por Geraldo Costa Jr.