Parar, respirar e seguir em frente
Quantas vezes você já se sentiu mal humorado? Ou cansado demais da sua rotina para tirar apenas alguns minutos para você? Já não se sentiu bem para entrar em uma conversa ou até mesmo estar perto de alguém?
Eu sei que nos sentimos assim na maioria das vezes. Nossa cabeça está a milhão, os sentimentos florescendo todos ao mesmo tempo, um turbilhão de novas emoções. A bagunça que achamos que nos encontramos, tudo nos faz sair do bom ao ruim em segundos.
Mas, assim como o mau humor, o estresse, o cansaço são momentâneos, os segundos também são. É estranho saber que o tempo não para, ele avança. Cada vez mais e mais. Pensar que, talvez, aquele tempinho que não tiramos para tomar um café com nossos pais, por exemplo, ou toda vez que deixamos alguém de “ar”, quando estamos no celular, nunca se repetirá…
Talvez alguém tinha algo de importante para lhe contar ou somente queria que você soubesse. Não é porque somos adolescentes que não precisamos dos nossos pais, avós, etc. E não é porque eles são adultos que não precisam da gente. É sobre se apoiar, se acolher quando preciso.
O que muitas pessoas não dariam para ter aqueles segundinhos de volta. Eu imploraria para ter aquele final de tarde novamente, só mudaria o fato de estar mal humorada e de cara fechada. Mas de resto, faria tudo de novo. Sentar com ele, pedir: Vovô, conta uma história? Ouvir sua voz, ver seu sorriso, me sentir amada. Fazer planos e mais planos, planejar nossa tão sonhada visita ao Morumbi, brincarmos sobre quando o nosso São Paulo seria campeão de novo.
Me arrependo de não ter deixado o estresse de lado antes, se eu soubesse que não teria outra tarde assim. Então, eu sei que é desgastante, sei que chega a sufocar todos esses sentimentos. Mas, aproveitem. Parem, respirem e sigam em frente!
Texto escrito pela aluna Gabrielly Victoria dos Santos com curadoria do aluno Jean Erik Bacciotti, ambos da Escola Estadual Heloisa Lemenhe Marasca e participantes da Rede Camões de jornais escolares. O texto tem fins pedagógicos.
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