Chegou ao fim a angústia de 27 atletas brasileiros que disputarão a Paralimpíada de Tóquio (Japão) e estavam sem conseguir treinar devido ao isolamento em Hamamatsu, a 250 quilômetros da capital japonesa. A liberação para a realização de atividades – separados de outros esportistas – foi concedida na noite de terça-feira (10) pelo prefeito da cidade, Yasutomo Suzuki. Eles foram isolados após um integrante da delegação testar positivo para o novo coronavírus (covid-19) no desembarque em Tóquio, na última sexta-feira (6).
O caso foi tornado público na manhã de terça (10), após o nadador Daniel Dias publicar um vídeo no Instagram em que pedia compreensão das autoridades locais, uma vez que a ida da delegação brasileira a Hamamatsu antes da Paralimpíada se deu justamente para aclimatação e treinamento. Além disso, segundo ele, os atletas isolados – que integram as seleções de natação, halterofilismo, goalball e tênis de mesa – testaram negativo para covid-19, mas a prefeitura da cidade, até então, não permitia sequer a saída dos esportistas do quarto durante a vigência da quarentena de 14 dias, iniciada no sábado (7), um dia após a delegação desembarcar no Japão.
Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os atletas isolados treinarão em horários diferentes dos que não tiveram contato com a pessoa infectada da delegação e que já tinham, inclusive, iniciado as atividades em Hamamatsu. O transporte às arenas será feito em veículos separados. A quarentena vai até o próximo dia 21, a três dias do início da Paralimpíada. A seleção de natação, porém, deve embarcar para Tóquio no dia 18, pois as disputas no Centro Aquático da capital começam no dia 25.
Por Agência Brasil / Foto: Saulo Cruz/EXEMPLUS/CPB