A Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense, um dos mais tradicionais e queridos clubes de futebol profissional do interior do estado de São Paulo, completa nesta segunda-feira (28), 113 anos de fundação.
A agremiação rubro-verde teve origem no ciclismo, com Venâncio Baptista Chaves e adeptos da modalidade em Rio Claro, no distante ano de 1910. A partir de 1920, aconteceu a fusão com o Comercial FC e o futebol acabou prevalecendo sobre o ciclismo.
Entre as maiores conquistas do Velo Clube estão o acesso à Divisão Especial (atual Série A1), em 1979 e o título do Campeonato Paulista da Série A3, em 2020. Atualmente, a equipe velista integra a Série A-2 do Paulistão.
Ao longo do tempo, muitos foram os desafios, enfrentados com tenacidade, coragem e valentia pelos velistas, sempre dispostos a vencê-los.
Com olhos no futuro, o Velo Clube mantém em atividade todas as suas categorias de base, disputando os campeonatos promovidos pela Federação Paulista de Futebol. E recentemente, os associados patrimoniais, promoveram alterações significativas no Estatuto do clube.
A diretoria velista tem à frente o presidente Reginaldo Lourenço Breda, que ao lado de seus pares, não medem esforços para manter o Velo Clube forte e atuante. Destaca-se a competente e decisiva atuação de dirigentes João Donizete Marcondelli e João Carlos Cerri, que vestiram como poucos a camisa do Velo Clube, realizando um trabalho notável ao longo dos últimos 13 anos.
A casa do Velo Clube é o estádio Benito Agnello Castellano, que leva o nome de um de seus dirigentes mais abnegados. Em 1973, durante a disputa do Torneio dos 10, que reuniu os melhores times do interior de São Paulo que não integravam a Divisão Especial, a torcida velista, em uma enquete da renomada revista Placar, foi apontada como a quinta maior do estado de São Paulo, ficando atrás apenas dos clubes da capital.
A todos os dirigentes, atletas, profissionais e amadores que se dedicaram em favor do Velo Clube, desde sua fundação, e, em especial, à imensa e vibrante torcida velista, os parabéns do jornal Diário e votos de novas e grandiosas conquistas!
Galo de vitórias mil!
Centro e treze anos de glórias, lutas e muitas histórias, algumas tristes, é verdade, mas nada que abalasse o ânimo e a fé em dias melhores, da sempre vibrante e numerosa coletividade velista.
Nesta segunda-feira (28), a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense apaga 113 velinhas. O Velo Clube, o Rubro-Verde da Rua 3, o Galo de Vitórias Mil como descrito em seu hino oficial composto por Silvio Baroni é um dos orgulhos do esporte rioclarense.
Para a geração mais jovem, que cerra fileiras nas torcidas organizadas Veloucura e Geral do Velo, os heróis que honraram dentro das quatro linhas o manto sagrado rubro-verde, são aqueles que resgataram o orgulho e a tradição de ser velista, os jogadores guerreiros do time de 2010, vice-campeão paulista da Segunda Divisão, no ano do centenário do clube, conduzidos dentro de campo pelo artilheiro Reginaldo e fora dele, pelo técnico João Vallim e sua comissão e, pelo presidente Pedro Caraça que, junto de seus pares de diretoria, não mediram esforços para dar alegrias aos torcedores no ano em que o rubro-verde completava 100 anos.
Mas, se voltarmos um pouco no tempo, e perguntarmos a um velista na casa dos 50 anos, quem são os heróis que vestiram a camisa do rubro-verde, ele os terá na ponta da língua: Renato, Flavinho, Almeida, Ademar e Dagoberto. Edson Augusto, Guerra e Odair Cologna. Celso Mota, Maia e Ferreirinha. Mas pode botar aí nesta lista Erbeta, Hércules, Ivan, Betinho e o técnico Henrique Passos. Eles formavam o time rubro-verde que levou ao delírio os torcedores naquele quente e inesquecível ano de 1978, quando o time, no campo e com a bola em jogo conquistou o título da Divisão Intermediária e obteve o tão sonhado acesso à Divisão Especial, a elite do futebol paulista. Conquista legítima e injustamente arrancada à fórceps no sempre nebuloso bastidor da Federação Paulista de Futebol. Conquista ratificada, novamente em campo, no ano seguinte com todos os méritos e justiça.
Há feitos na história do Velo Clube que jamais serão igualados. Recorde de público em uma partida oficial na cidade de Rio Claro, com mais de 15 mil pessoas apinhando-se no abarrotado estádio Benitão, na vitória por 1×0 contra o São José, em 17 de dezembro de 1978. Mais de 10 mil torcedores nas arquibancadas do estádio Brinco de Ouro da Princesa, na fria manhã de 10 de junho de 1979, na vitória sobre o Paulista de Jundiaí por 2×1.
Passado? História? Ah, que bom tê-los na memória e no coração, bem guardados e muito vivos! O mesmo devem pensar os que já chegaram à casa dos 60, 70 anos e se recordam com brilhos nos olhos daquele time memorável de 1968, formado entre outros, pelo goleiro Acosta, o vigoroso zagueiro Valter Gama, o habilidoso meia Norberto Lopes, o volante Adilson Reali e o ponta Nogueira.
O leitor do Diário, tem um particular, ele normalmente gosta de história e, no caso do Velo Clube, pode acompanhá-la diariamente nas páginas do centenário.
Vamos à mais história, então. Outro time velista que ficou na memória do torcedor foi o de 1991. Um time de início desacreditado, formado em sua imensa maioria, por pratas da casa, aos quais se juntaram alguns mais experientes. Os mais novos, cheios de talento e vontade, Israel, Ivano, Val Demarchi e Pirulito. E os mais experientes, Marcio, Wilson Lopes, Dimas e Arturzinho. A espinha dorsal da equipe comandada pelo competente e polêmico Prof. Walter Zaparolli. Uma campanha vitoriosa conduziu o time, inativo, até o ano anterior, ao acesso à Divisão Intermediária (atual Série A-2).
Em meio a tanta história, um time do Velo que, sem sombra de dúvidas, tem o carinho especial do torcedor, foi aquele de 1983, comandado em campo pelo craque da camisa 10, Patola. Foi esse time que impôs sobre o maior rival, o Rio Claro FC, a goleada de 11×2, em uma quarta-feira à noite no estádio Benitão, dia 31 de março.
O torcedor velista ainda tem bem vivas em sua memória a festa inesquecível na chegada à Rio Claro, mesmo em meio à pandemia, do time campeão paulista da Série A3 em 2020. O comandante Cléber Gaúcho, estrategista, frio e calculista soube tirar o melhor de cada atleta de um time conduzido em campo pelo eterno capitão Niander e pelos gols decisivos do artilheiro Lucas Duni.
Histórias, fatos e registros eternizados nas páginas deste Diário, sobre um clube que teve início no ciclismo no longínquo ano de 1910, através de um português chamado Antonio Baptista Chaves, o Verbacha. Não por acaso, o Velo Clube, desde sua fundação, veste vermelho e verde. E outra cor não se admite, no estádio Benito Agnello Castellano, o Benitão, a casa do Velo Clube.