O Palmeiras volta a campo no Catar nesta quinta-feira (11). Valendo o terceiro lugar na competição, o Alviverde enfrenta o Al Ahly, do Egito, pelo Mundial de Clubes da FIFA 2020. A partida será no estádio Cidade da Educação, às 12h (horário de Brasília), em Doha, e terá transmissão ao vivo do canal Sportv, na TV fechada.
Este jogo encerra a participação do Verdão nesta edição do Mundial de Clubes. No último domingo, o clube brasileiro perdeu para o Tigres, do México, por 1 a 0, e deu adeus às pretensões de título na competição. Apesar da frustração por não se classificar à final, o técnico português Abel Ferreira destacou a necessidade de fazer um grande jogo nesta quinta-feira.
“É uma oportunidade que temos de mostrar a nossa forma de jogar, a cultura brasileira. Perceber que, quando se joga em jogos como contra o Tigres, que está em disputa a vaga na final, é normal que o emocional não esteja tão tranquilo para dar o nosso melhor em termos técnicos, às vezes a ansiedade tira a forma de tirar boas decisões. O Al Ahly é o segundo time com mais presenças no Mundial, desde agosto eles não perdiam um jogo. É um time que tem jogadores com muita qualidade técnica. Os dois times têm futebol propositivo, querem assumir o controle do jogo. Temos condições de fazer um bom espetáculo”, declarou Abel, em entrevista coletiva na véspera da partida.
Um dos grandes destaques do Palmeiras na partida de estreia no Mundial de Clubes da FIFA foi o goleiro Weverton, que tem passagens pela Seleção Brasileira. O arqueiro alviverde foi responsável por ótimas defesas no duelo contra o Tigres e segurou o poderio ofensivo dos mexicanos na maior parte do tempo. Uma das principais peças do clube na conquista da Conmebol Libertadores, do Paulista e na vaga para a final da Copa do Brasil, Weverton assegurou que, independente de contra quem e em quais condições, o Palmeiras sempre entrará em campo para vencer.
“Não era o que queríamos, mas é onde estamos. Entraremos em campo para fazer o melhor e vencer. As coisas não saíram bem, mas jogamos para vencer todos os jogos. O Palmeiras sempre joga para vencer e não será diferente amanhã (quinta). Vamos em busca da vitória para voltar ao Brasil e seguir na temporada”, afirmou o goleiro.
Nesta quarta-feira, o Palmeiras fez seu último treinamento antes do duelo pelo terceiro lugar do Mundial de Clubes da FIFA. O elenco alviverde trabalhou na Aspire Academy, instalação anexa ao hotel o clube está hospedado desde que chegou a Doha. O grupo de jogadores fez trabalhos táticos, de ajuste de movimentos e posicionamento, e ainda teve atividades para apurar a técnica antes do jogo desta quinta.
Potência egípcia pelo caminho
Depois de medir forças com uma equipe mexicana, o Palmeiras terá pela frente um dos times mais tradicionais da África. Nove vezes campeão continental, um recorde, o Al Ahly é também o maior campeão nacional do Egito (são 42 títulos na liga, 37 copas e 11 supercopas). Convidado pelo site da CBF, o jornalista Luís Fernando Filho, do portal Ponta de Lança, especializado em futebol africano, falou um pouco sobre o atual momento do clube egípcio:
“Não é à toa que o Al Ahly é chamado de Campeão do Século. É um dos clubes mais vencedores do mundo desde o início do século. A campanha do time na Liga dos Campeões da África foi exemplar, com apenas uma derrota e vencendo na final o maior rival, Zamalek, para aumentar a hegemonia de um projeto muito bem planejado na última temporada. O clube tem como trunfo o comando do sul-africano Pitso Mosimane, que é o primeiro técnico da África Subsaariana a treinar a o clube. Ele representa, atualmente, a mais alta patente dos técnicos africanos no continente. Ou seja, o Palmeiras enfrentará um time muito bem preparado, organizado e ambicioso dentro de qualquer cenário que o jogo possa oferecer”.
Brasileiras na final
Ainda na quinta-feira, às 15h (de Brasília), Bayern de Munique, da Alemanha, e Tigres, do México, medem forças pela final do Mundial de Clubes da FIFA. Esta partida contará com a participação das brasileiras Edina Alves Batista e Neuza Back, que fazem parte da equipe de arbitragem escalada para o jogo. Este será o quarto duelo que terá a participação das duas, o terceiro nestas funções (Edina como quarta árbitra e Neuza como auxiliar reserva). No duelo pelo quinto e sexto lugar, as brasileiras fizeram história e se tornaram as primeiras mulheres a arbitrar um jogo masculino profissional da FIFA.
Por Assessoria CBF