Levou 90 anos para que o Palmeiras conquistasse de maneira consecutiva o tricampeonato estadual. A única vez que o alviverde havia obtido a proeza, fora nos anos de 1932, 1933 e 1934, quando ainda se chamava Palestra Itália.
Diante do Santos, para quem havia perdido o primeiro jogo das finais, por 1×0, fora de casa, o Palmeiras precisava de uma vitória por 2 gols de diferença, diante de sua torcida que, mais uma vez, superlotou a Arena Allianz Parque, em São Paulo, ou simplesmente, o Chiqueiro, como o técnico Abel Ferreira gosta de se referir à casa do Verdão. Por falar em Abel, foi o 10º. título que o técnico português conquista, desde sua chegada ao Palmeiras em novembro de 2020.
Na vitória diante do Santos, por 2×0, que valeu o tricampeonato, o Palmeiras suou a camisa pra desfazer a vantagem mínima que o Peixe havia conquistado no primeiro jogo, na Vila Belmiro.
A melhor chance do Santos na primeira etapa, foi aos 5 minutos em chute de Diego Pituca, aproveitando rebote na entrada da área que, Weverton, bem colocado, mandou à escanteio.
O Palmeiras não se intimidou. Após cruzamento de Piquerez da esquerda, Murilo escorou de cabeça para Flaco Lopez, que, também de cabeça, ajeitou para o arremate de Mayke, e a bola teria endereço certo, não fosse a intercepção providencial de Gil, de cabeça, salvando em cima da linha, evitando a abertura do placar.
Aos 25’ da primeira etapa, o lance polêmico do jogo. Endrick foi lançando por Weverton e disparou em direção a área, ganhou na corrida de Jonathan Felipe, mas parou no esbarrão do goleiro João Paulo. Em princípio, o árbitro Raphael Claus entendeu o lance como normal. Porém, após checagem junto ao VAR, marcou pênalti em favor do Verdão. Encarregado da cobrança, Raphael Veiga, com a habitual categoria, deslocou João Paulo e botou o Palmeiras à frente do placar.
O Palmeiras seguiu no ataque e poderia ter chegado ao segundo gol em duas oportunidades. A primeira, aos 35’, com Lázaro tentando de calcanhar com a bola saindo pela linha de fundo. E, depois, já nos acréscimos do primeiro tempo, em chute rasteiro de Piquerez que João Paulo defendeu.
E veio o segundo tempo. Logo a 2 minutos, falta de longa distância para o Santos. Otero solta a bomba, mas Weverton cai pra fazer a defesa. Melhor em campo, o Santos parecia disposto a buscar o empate. Guilherme avança com a bola em contra-ataque e chuta forte, e de novo, Weverton faz grande defesa, evitando o gol de empate do Peixe. O Santos insiste no ataque. Boa troca de passes dentro da área do Verdão. Giuliano toca para Otero em excelentes condições. Na primeira tentativa, é travado no chute por Murilo, na segunda, Mayke salva em cima da linha e mantém o Palmeiras à frente do placar.
O Verdão acordou no jogo aos 20 minutos da etapa final. Luiz Guilherme levou de vencida a marcação santista, foi a linha de fundo e cruzou. No rebote, Endrick disparou o chute, mas a bola bateu na rede, pelo lado de fora. Um minuto depois, Piquerez fez grande jogada pela esquerda, cruzou na área para Flaco Lopez, que escorou de cabeça para Aníbal Moreno completar de pé esquerdo para o fundo da meta de João Paulo. Palmeiras 2×0. Explosão de alegria da torcida alviverde no Allianz Parque.
E tinha mais. A três minutos do final do tempo regulamentar, Luiz Guilherme puxa contra-ataque pela esquerda, cruza para a área e encontra Mayke que, da marca do pênalti, bate prensado para a defesa de João Paulo. A última chance do Santos, foi já nos acréscimos. Após cobrança de falta de Guilherme, o zagueiro Gil, sozinho na segunda trave, tenta de cabeça, mas a bola sai à esquerda de Weverton. O terceiro gol alviverde poderia ter saído em chute de Rony, que passou por cima do travessão. Mayke ainda teve uma chance no contra-ataque, mas chegou já cansado pra finalizar a jogada, e pegou fraco na bola, sem perigo para João Paulo. Encerrado o tempo regulamentar e os acréscimos, o árbitro Raphael Claus, botou ponto final no jogo. Palmeiras 2×0 Santos. Palmeiras, tricampeão paulista. E festa no Chiqueiro!
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: FPF/Rede Social