Durante a pandemia os índices de violência doméstica aumentaram devido ao isolamento social. Logo no início da quarentena em 2020 já foi possível constatar, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) registrou aumento de 17,9% no número de denúncias recebidas pelo canal Ligue 180 (para denúncias desse tipo de violência) em comparação ao mesmo período de 2019. Os números atingiram dados mais altos ainda, de acordo com o órgão, o Brasil registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher em 2020. O levantamento foi divulgado recentemente, no dia 7 de março. A pandemia do coronavírus foi apontada como um dos fatores que levaram o aumento dos casos.
Segundo o ministério, de todas as denúncias feitas através do Disque 100 e no Ligue 180 no ano passado, cerca de 30% são referentes à violência da mulher. Por esses canais também são realizadas denúncias de violações a outros grupos como crianças e adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, em restrição de liberdade, população LGBT e pessoas em situação de rua.
Outro dado assustador, somente pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, os atendimentos de violência doméstica por meio do “190” cresceram em 44%.
Guardas femininas fazem palestra sobre Violência Doméstica em empresa
Na manhã de terça-feira (16), foi realizada uma Palestra de Violência Doméstica na empresa Owens Corning, obedecendo todos os protocolos de segurança para evitar a proliferação do Covid-19. Considerando que neste período de pandemia, houve um aumento significativo de ocorrências de violência doméstica nos lares rio-clarenses, a equipe da Guarda Civil GCMF’s Rosangela e Glaucia puderam contribuir para levar conscientização, reflexão, informação e um conhecimento mais profundo do tema, além de passar as orientações de como proceder em casos de violência doméstica. A Guarda Civil de Rio Claro enaltece a iniciativa da empresa, que reflete a preocupação dos gestores no bem-estar dos colaboradores.
Denúncias
Denúncias que também podem ser anônimas, devem ser feitas pelos canais: Ligue 180 e do Disque 100 e por um aplicativo próprio chamado “Direitos Humanos Brasil”. Em Rio Claro as vítimas podem acionar a Patrulha da Penha da Guarda Municipal pelo 153 e também a Polícia Militar pelo 190.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação