Várzeas são áreas úmidas que são periodicamente inundadas pelo transbordamento lateral dos rios e lagos, promovendo interações entre os ecossistemas aquáticos e terrestres.
As mesmas enchentes que trazem prejuízos a população, também trazem vida para a biodiversidade aquática, alimentando as áreas de várzea com suas águas.
As lagoas marginais são importantes locais para a manutenção da biodiversidade, sendo, por exemplo, o principal criadouro de espécies de peixes que realizam piracema. Inúmeras espécies de aves aquáticas se utilizam das lagoas marginais e da sua vegetação associada como área de descanso, pernoite, reprodução e, principalmente, alimentação, pois a oscilação anual no nível das águas das lagoas resulta em uma elevada oferta sazonal de alimento, onde muitos peixes ficam aprisionados em águas rasas. As aves aquáticas desempenham importante papel ecológico nas áreas úmidas.
Rio Claro possui uma vasta planície recoberta com fragmentos isolados de mata ciliar, e em quase sua totalidade por pastagens, nas proximidades das rodovias Wilson Finardi (SP 191) e Washington Luis (SP 310), ambas as áreas permanecem alagadas durante alguns meses do ano, trazendo inúmeros transtornos, pois inundam as vias de acesso entre a zona rural e os bairros periféricos, prejudicando até o comércio local, impedindo o acesso de automóveis, inibindo também o trânsito de pessoas que frequentam o comércio local.
Infelizmente pela falta de vontade política e desinteresse de órgãos públicos de nossa cidade azul, convivemos diariamente com o descarte de lixo orgânico e restos da construção civil promovidos por cidadãos que por preguiça não acondicionam seu lixo de forma correta e acabam descartando-os em áreas rurais e próximas desses mananciais, poluindo a própria água que os mesmos e suas famílias bebem.
De acordo com a Lei Orgânica do município de Rio Claro, Capítulo V, Artigo 232, que diz: “O Município combaterá a poluição, em qualquer de suas formas, nas suas bacias hídricas, de modo especial nas dos rios Ribeirão Claro, Cabeça e Corumbataí”. Mas para esse combate necessitaria de Lei específica com ação punitiva direta ao cidadão poluidor e uma fiscalização que fosse eficaz e presente.
A criação dos Ecopontos amenizou os descartes difusos, mas poucos são os cidadãos conscientes que destinam seus resíduos nestes locais, pois a grande maioria ainda prefere jogar seu lixo em terrenos baldios ou nas margens das estradas rurais.
Como cidadãos, podemos contribuir para que esses infratores sejam penalizados pelos seus atos nocivos ao meio ambiente e a saúde pública.
Todo e qualquer veículo que estiver estacionado à beira das estradas com seu condutor descartando ou coletando resíduos, principalmente nas áreas de mananciais como a estrada municipal do Sobrado, estrada municipal velha de Brotas, estrada de Jacutinga e na avenida 3 (continuação da avenida Saburo Akamine – sentido Distrito de Batovi) deverá ser fotografado, de forma que conste na imagem a placa do veículo, imagem esta que deverá ser veiculada nas redes sociais ou em um grupo específico para que os infratores sejam identificados e expostos para a sociedade, que tem o direito de conhecê-los e reprimi-los.
Embora um pouco desacreditados, mas ainda temos agentes públicos competentes e comprometidos com os interesses e bem estar da sociedade, portanto, façamos nosso dever de casa e acreditemos na continuidade de nosso esforço.