Ao observar o planeta joviano Júpiter à vista desarmada, o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro, quanto em massa, ele se apresenta como um ponto muito brilhante, se destacando na abóbada celeste, principalmente quando está se aproximando, ou no momento de sua oposição.
Com cerca de 140 mil km de diâmetro, contendo 320 vezes a massa da Terra, distante cerca de 640 milhões de km (neste momento), composto principalmente de hidrogênio e hélio, em menor quantidade, dezenas de satélites, como os famosos de Galileu, Io, Europa, Calisto e Ganimedes, este último o maior do Sistema Solar com 5.268 km de diâmetro, maior que o planeta Mercúrio, Júpiter é uma enciclopédia para se estudar, dizemos que ele é um mini Sistema Solar.
E, em 10 de junho de 2019, o planeta estará em oposição. Mas o que seria uma oposição planetária? É o momento em que dois corpos, quando vistos da Terra, estão em posições opostas no céu. No caso, a referência é em relação ao Sol e a Terra, assim, a Terra fica entre o Sol e o planeta Júpiter, alinhados em aproximadamente 180º, pura matemática, geometria, sem nada de concepções alternativas e infundadas sobre esse fenômeno em relação ao ser humano.
O momento exato da oposição ocorre em 10 de junho, às 12:27, horário de Brasília, UTC -3, e Júpiter estará com magnitude -2.62 (magnitude é uma escala logarítmica de brilho com número positivo ou negativo, quanto menor o número, mais brilhante), elongação de 179º 24’ 53” (cento e setenta e nove graus, vinte e quatro minutos e cinquenta e três segundos de arco), e, em uma posição de 100% iluminado, ao ser observado da Terra. Então, será o melhor dia do ano para se observar o planeta pelos telescópios.
Júpiter está na constelação zodiacal de Ofiúco ou Serpentário, permanecendo até a segunda quinzena de novembro, quando ele passa para a constelação de Sagitário, o centro galáctico. Esta semana tivemos a conjunção da Lua com o gigante gasoso, quem pode observar a vista desarmada no céu noturno, verificou o planeta muito brilhante próximo da Lua em sua fase minguante gibosa, um ótimo fenômeno para se apreciar, pois os dois corpos celestes estavam muito destacados pelo brilho.
E, agora com a aproximação do inverno, que começa dia 21 de junho de 2019, o solstício de inverno, as noites serão contempladas com os dois planetas gigantes gasosos, Júpiter e Saturno. Saturno se destaca pelos seus exuberantes anéis, resolvidos apenas por telescópios e lunetas. Mas, você sabia que Júpiter também tem anéis? Pois é, mas eles são muito tênues, e não conseguimos resolvê-los pelos telescópios em Terra, somente depois das missões Voyager 1 e 2, de 1977.
Com a chegada de sua oposição, ele começa a nascer no começo da noite, pois o planeta fica com máxima elongação em relação ao Sol, isso significa que é como na Lua cheia, quando um nasce, o outro se põe, então, vamos aproveitar o final do outono, e a chegada da estação mais fria do ano, para nós, que moramos em uma latitude tropical, -22º 24’, e a sua oposição, para apreciar o gigante gasoso no céu noturno.