Incompetência e desorganização, dentro e fora das quatro linhas. É o retrato do futebol brasileiro já de muito tempo. Gente que não sabe nada de futebol ocupando postos de comando e tomando decisões que arruínam os clubes e as entidades representativas.
No caso da CBF, a entidade máxima do futebol brasileiro, o show de horrores parece não ter fim. Ex-presidentes afastados por corrupção, por assédio sexual e, alguns, até banidos do futebol.
O motivo mais recente para vergonha do futebol brasileiro é a renovação de contrato do técnico italiano Carlo Ancelotti, com o Real Madrid da Espanha, até 2026.
Nenhum espanto causaria ao torcedor brasileiro, se o mesmo Ancelotti já não tivesse sido dado como certo pela CBF como futuro treinador da seleção cinco vezes campeã do mundo.
E agora, mané? – pergunta que se faz. Continuar com Fernando Diniz, que faz péssima campanha para as Eliminatórias da Copa do Mundo ou ir atrás de outro técnico?
E quais as opções no Brasil ou no exterior, se os melhores já estão muito bem empregados. Esse é o resultado da incompetência e da desorganização, quando pessoas se metem a fazer o que não sabem.
Quando se trata de seleção brasileira, em termos de futebol, isso tem um significado muito grande. Durante décadas, a sujeira foi sendo posta para baixo do tapete, devido às conquistas dentro de campo.
Exceto o presidente afastado da CBF, Ednaldo Rodrigues, será que alguém mais imaginou que Carlo Ancelotti, aos 64 anos, considerado um dos 10 melhores treinadores em todos os tempos, 4 vezes campeão da Champions League, tri-campeão mundial de clubes, aceitaria pegar o “abacaxi” que se tornou a seleção brasileira nos últimos tempos?
Como será a partir de agora, que já não surgem mais grandes craques no Brasil e se os bons jogadores a vestirem a camisa da seleção brasileira, não possuem a estrela, o estigma inconfundível dos vencedores e se dão por satisfeitos, com a riqueza e o status que conquistam muito breve?
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução/instagram/mrancelotti