A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo faz um alerta sobre os cuidados com a alimentação nesta época de calor. Com o tempo quente os alimentos se aquecem muito mais rapidamente e sua velocidade de deterioração se acelera. O ideal é consumi-los logo após o preparo para não estragarem.
Se houver sobra de alimentos em alguma refeição, eles devem ser guardados sob refrigeração e totalmente reaquecidos para serem consumidos novamente. Mas se houver alguma mudança no aspecto ou odor do alimento ele deve ser descartado.
Segundo a nutricionista Gisele Vieira, é importante evitar, no calor, alimentos muito manipulados, molhos condimentados, como maionese, que quando muito aquecidos causam proliferação de bactérias causadoras de diarreia, mal-estar e vômito.
A dieta deve ser, preferencialmente, balanceada e leve, pois nos picos de calor o corpo humano utiliza muito mais energia para manter sua temperatura ideal, o que pode deixar o processo de digestão mais lento. “Portanto, gorduras e frituras devem ceder espaço a grelhados e assados”, afirma Gisele.
Escolher sucos de frutas no lugar do refrigerante, consumir verduras e legumes cozidos ou crus, preferir alimentos de condimentação suave (evitar mortadela, salame, pimenta do reino, entre outros), evitar frituras e consumir maior quantidade de fibras, cereais, frutas e grãos são algumas dicas da nutricionista.
No calor também é muito importante o consumo de água, pois o organismo perde muito líquido para controlar a temperatura. “O consumo de sorvetes e ‘gelinhos’ também favorece o aumento do aporte hídrico e dá sensação de frescor”, afirma Gisele. Ela alerta, no entanto que, apesar de ser benéfico, o sorvete, como qualquer outro alimento, deve ser consumido com moderação.
“É importante seguir uma dieta rica em fibras e proteínas. Indicamos que todos leiam as embalagens e rótulos para saber a composição do produto que estão consumindo, para saber o que estão ingerindo e se é prejudicial à saúde”, finaliza a nutricionista.
Alimentos in natura
A maioria dos alimentos in natura, minimamente processados e das preparações desses alimentos, têm alto conteúdo de água. O leite e boa parte das frutas contêm de 80% a 90% de água. Verduras e legumes cozidos ou na forma de saladas costumam ter mais do que 90% do seu peso em água. Um prato de feijão com arroz é constituído de dois terços de água. Sendo assim, uma boa pedida para esse período mais seco.
Os alimentos ultraprocessados são, em geral, escassos em água, exatamente para que durem mais nas prateleiras. Refrigerantes e vários tipos de bebidas adoçadas possuem alta proporção de água, mas contêm açúcar ou adoçantes artificiais e vários aditivos, razão pela qual não podem ser considerados fontes adequadas para hidratação.
Vegetais e frutas
Nesse tempo seco, aposte em vegetais e frutas que contêm mais água em sua composição para auxiliar na hidratação, como pepino, alface romana, aipo, rabanete, abobrinha, tomate, couve-flor, espinafre, brócolis, cenoura, brotos, carambola, melancia, morango, abacaxi, mirtilo, kiwi, maçã, pera e uva.
Beba água
A ingestão de líquidos deve ser frequente para evitar a desidratação, e a melhor opção para a ingestão de líquidos é a água pura. O recomendado é beber no mínimo dois litros de água mineral ou filtrada por dia e de preferência entre as refeições, para manter o organismo hidratado e resfriado.
E para quem acha que beber tanta água é um sofrimento, a nutricionista dá uma dica de ouro: “vale apostar em água temperada, com rodelas de limão ou folhas de hortelã, por exemplo. Também há opções de sucos refrescantes como melancia com hortelã, laranja com acerola e manga com limão. As frutas também vão te ajudar a repor os nutrientes perdidos no calor”.
Carnes magras
A indicação é consumir carnes magras (assadas ou grelhadas), frutas ricas em água, verduras, legumes, cereais e pães integrais por apresentarem ótimas fontes de vitaminas, minerais e fibras. Alimentos com alto teor calórico, como carnes gordas, frituras, embutidos (cachorro-quente e linguiça), frios (mortadela, salame, presuntos, entre outros) e molhos à base de maionese dificultam a digestão, provocam desconforto, sensação de mal-estar e deixa a temperatura do corpo vulnerável.