Depois de mais de um ano de expectativa em torno dos jogos olímpicos no Japão, eis que se tornaram realidade, embora o número de vítimas fatais tenha sido reduzido, entretanto, milhares de pessoas ainda perdem a vida diariamente, além do fato de que as vacinas são escassas, principalmente nos países mais pobres, constatamos que a maioria dos japoneses é contra a realização das olimpíadas enquanto perdurar a pandemia.
Porém, os jogos olímpicos foram confirmados e vêm ocorrendo nas mais variadas modalidades esportivas com a presença maciça dos brasileiros com sucesso absoluto, muitos deles com a conquista de medalhas de prata, de ouro e que estão orgulhando o Brasil nessas competições esportivas.
É evidente que, nem mesmo a iminência da cerimônia de abertura e as primeiras partidas de beisebol, futebol, além de outras, não afastam totalmente o risco de um cancelamento de última hora, dependendo do que poderá vir de repente, caso o aumento da doença do coronavírus chegue de surpresa, obrigando as pessoas a se proteger com toda a intensidade, afirmou o presidente do Comitê Organizador dos jogos Tochiro Muto.
Declarou ainda o presidente Tochiro em entrevista coletiva concedida dias atrás, que a organização está atenta ao número de infecções pelo novo coronavírus.
Além dessa providência, ampliou também as proibições de circulação de pessoas, além do funcionamento das atividades comerciais na capital, visando com este objetivo maior segurança à própria população japonesa.
Há de se fazer alusão às observações do médico Julival Ribeiro, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, onde afirma que a maior preocupação é com a variante Delta do novo coronavírus que surgiu na Índia e já está presente no Brasil, uma situação que se assemelha à catapora e que poderá se expandir pelo Brasil afora.
A olimpíada é importante, mas não houve um consenso de que ela poderia ser realizada com as precauções devidas, porque a pandemia ainda está presente dentro do aspecto mundial e temos várias variantes, inclusive a Delta, que é altamente transmissível sobretudo em aglomerações, finaliza o infectologista Julival Ribeiro.
Com o cancelamento dos eventos que costumam acompanhar uma Olimpíada como festa de confraternização e de exibição pública, o torcedor que acompanha essa tradição esportiva não encontra motivação para entrar no clima olímpico.
O torcedor, afinal, está isolado de assistir às competições, com rara exceção a uma das cidades do Japão de nome Sendai, que conseguiu a presença dos espectadores e que dá maior motivação aos atletas que estão no desempenho dessa ou daquela modalidade esportiva.
No primeiro dia aberto ao público, a arquibancada ficou menos ocupada do que poderia. Dessa forma, a goleada brasileira por 5 a 0 sobre a China na partida de futebol feminino, disputada dia 21 de julho foi assistida presencialmente por 3 mil pessoas, metade de 6 mil que tinham ingresso para entrar no estádio Miyagi.
Importante salientar nesta oportunidade que pesquisas recentes no Japão mostraram que 70% dos japoneses não gostariam que a olimpíada seguisse em frente, tanto é que várias cidades japonesas que deveriam receber atletas teriam desistido por medo de que a chegada deles aumentasse a proliferação da Covid-19, portanto, aí está a prova de que não deixa de ser um risco aos atletas a contaminação do vírus da doença.
Para ilustrar mais ainda esta observação, um sindicato de médicos disse em um comunicado ao governo japonês que era impossível realizar os jogos, dado o agravamento da pandemia em toda a sua extensão.