Aulas de artesanato realizadas há 5 meses no Centro de Ressocialização de Rio Claro estão ajudando no processo de recuperação das detentas. “O melhor dia da minha vida foi quando terminei minha primeira boneca de pano. O pior foi quando entrei aqui [na cadeia]”, diz Ana Paula Rodrigues dos Santos, 50 anos, presa há 1 ano e 2 meses.
Condenada por roubo de carga no Aeroporto de Guarulhos, ela viu no artesanato uma nova chance. “Para ser sincera com você, eu pensava que minha vida tinha acabado”, afirma em entrevista ao portal da Secretaria de Administração Penitenciária.
Foi dentro do ambiente prisional que Ana Paula começou a participar da oficina de artesanato e viu na atividade uma forma de continuar conectada com a vida fora das grades, já que trabalhava há 15 anos como artesã. “A saudade da família é muito grande e essa foi uma maneira que encontrei de continuar próxima deles”, contou Ana.
A diretora do Centro de Ressocialização, Maura Batista da Cruz, acredita no papel social do projeto. “Nosso objetivo principal é empoderar a mulher por meio do conhecimento adquirido dentro da unidade, gerando uma independência financeira e, consequentemente, elevando a autoestima”, diz.
Outras seis detentas também participam da oficina. A reeducanda Dona Lourdes é responsável por encabeçar os trabalhos. “Com o aprendizado adquirido durante as oficinas, até o emprego chegar, o artesanato pode ser uma fonte de renda na vida em liberdade”, afirma.
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