Eles seguem nas ruas para atender aqueles que foram liberados do trabalho para ficar em casa durante a quarentena. Para se prevenirem e os que recebem a mercadoria, higienização e cuidados redobrados.
“Além do álcool, luva, máscara e higienização das máquinas de cartão para proteger a todos”, disse Cibele Cristina Nicoletti, que atua como moto delivery há um ano.
Seguindo a mesma e rigorosa prevenção está o motoboy Jacob Dutra Junior, que faz entrega de fast food. “Cuidados básicos, lavar sempre as mãos, higienizar tudo com álcool em gel. Carrego sempre um frasco, porque também não queremos transmitir pânico”, declarou o motoboy, acrescentando que a empresa tem fornecido o produto. “No começo foi difícil para encontrar, mas agora já estamos encontrando com mais facilidade”, comentou.
O motoboy Elias Franco de Moura também não descuida e fica atento a cada entrega. “Sobre os cuidados, meu capacete tem a frente inteira de acrílico. Com isso, eu não preciso tirá- -lo. O meu rosto fica inteiramente visível e protegido. Tenho máscara profissional, com e sem filtro, e faço utilização do álcool em todas as paradas”, destacou o entregador de marmitex, delivery iFood e itens de mercado.
ENTREGAS
O momento até é propício, mas, segundo os profissionais, não aumentou para a categoria. “As entregas não aumentaram, não. “Acho que todos estavam apostando no aumento dos pedidos, mas foi ao contrário. As pessoas que estão em casa estão economizando, talvez por não saber o que vem pela frente.
Muitos estabelecimentos fechados e tem muito motoboy à disposição ou pessoas que estão paradas para este ramo apostando no delivery. Mas o que mais vejo na rua são crianças e idosos”, destacou Elias. Para Jacob, muitas pessoas estão evitando. “Os clientes estão com um pouco de receio.
Nós, como motoboys, também temos preocupação de ficar andando para todos os lados, afinal, a contaminação está em todos os lugares, mas temos que trabalhar como todo mundo e os liberados para fazer entregas delivery”, destacou.
Outros estabelecimentos aderiram à entrega em domicílio, porém, para quem já atua, ainda não teve reflexo. “Bem abaixo do normal. Muitos estão se prevenindo, foram às compras e estão em casa para cozinhar. Só aqueles que querem uma comida diferente que pedem”, observou Cibele.
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