Ainda que existam informações desencontradas e, muitas delas distorcidas da realidade, a verdade é que o covid 19 é letal. Infectologistas e profissionais discutem qual de fato é o percentual dessa letalidade.
A verdade é que entre as várias consequências estabelecidas pela pandemia, a crise está instalada a nível mundial. Nenhum País, sairá ileso deste processo avassalador, pois muitas vidas estão se perdendo.
Neste cenário, as questões econômicas e sociais devem sim fazer parte da agenda dos governantes.
A economia e as políticas sociais são fatores imprescindíveis para a manutenção das mínimas condições e para a qualidade de vida do cidadão.
Quando o debate se encaminha para os impactos causados na vida das empresas, a pandemia deverá trazer lições e um aprendizado importante, em relação às mudanças acontecidas, mesmo que elas não tenham acontecido de maneira planejada e muito menos esperada.
Por terem sido “pegas de surpresa”, assim como todos nós, as empresas tiveram que trilhar o caminho da experimentação – da tentativa em muitos casos.
Mesmo que num primeiro momento as coisas tenham sido feitas empiricamente, as mudanças aconteceram em termos de metodologias e na forma de realizar os processos.
Em termos práticos o relacionamento mudou. As pessoas deixaram de se relacionar da forma como vinham fazendo; tanto dentro da empresa, entre seus membros, como no relacionamento com os de fora – fornecedores e clientes.
Como consequência os processos foram se adaptando a essa nova forma de se relacionar dos profissionais em suas várias atividades. A tecnologia entrou em cena de uma forma também não esperada, acelerando o processo de transformação digital.
Mas, como consultor organizacional, a maior mudança que tenho sentido no contexto empresarial é que a chamada “gestão de pessoas” está se reiventando a partir de conceitos básicos e que já vinham sendo sinalizados há muito tempo. É como se a pandemia tivesse feito “ a ficha cair”!
Posso citar pelo menos dois conceitos que estão no centro dessas mudanças.
O primeiro diz que: “não trate os desiguais de forma igual.” As empresas estão descobrindo a importância em considerar as necessidades específicas de cada funcionário.
Como sempre fui muito cético em relação às pesquisas de clima, que normalmente eram realizadas para achar um ponto mediano e “tentar agradar todo mundo”, tenho notado que aos poucos isso está mudando. Os gestores dessa área começam a entender que a média não se aplica para quem trata com gente.
O segundo trata do papel e da postura do Líder. Definitivamente não há mais espaço para o líder que não valoriza o relacionamento e que não compartilha conhecimento, informação e decisão.
O momento tem evidenciado várias mudanças e elas têm trazido consequências, no mínimo, desafiadoras para empresas e para os profissionais.
Nada deve ser considerado absoluto e definitivo no âmbito da gestão, já que as empresas possuem peculiaridades que as distinguem, umas das outras.
É por isso também que será necessário verificar com muito cuidado e critério como cada uma irá reagir em seu mercado de atuação.
O mais importante, é que cada empresa deverá avaliar qual será o seu legado da crise.
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@prof-moacir.com.br / Viste: www.prof-moacir.com.br