Quem poderia imaginar que num curto prazo a internet deixasse de ser a rede restrita aos computadores de mesa e notebooks para estar nos celulares e outros dispositivos, como os tablets e televisões.
E, ao que tudo indica, veremos aumentar ainda mais essa onipresença da web.
Finíssimas e ultraleves, as telas, de todos os tamanhos estão em todos os lugares. Qualquer objeto hoje já pode conter um chip inteligente o bastante para se comunicar por meio da rede. Com o aumento dos serviços de computação em nuvem, pouco importa o tamanho da memória do seu computador, telefone, tablet ou outro aparelho.
O que de fato faz a diferença será a velocidade de seus processadores para acessar os conteúdos hospedados em enormes servidores. Já temos um exemplo assustadoramente eficiente com os serviços de armazenamento em nuvem. Quem usa percebe sua grande conveniência.
Não precisamos mais carregar os notebooks e dentro deles tudo o que precisamos. Basta deixar tudo hospedado na nuvem e acessar aquilo que deseja no tempo que quiser.
No futuro, qualquer coisa poderá ter uma presença online. E estas coisas poderão gerar dados que poderão ser utilizados de formas incríveis.
Sua geladeira, por exemplo, poderá monitorar o seu conteúdo e fazer sugestões para reabastecimento, seu carro prevendo para onde vai e com sugestões se você perguntar qual posto de gasolina mais próximo, utilizando os dados da nuvem. Isso sem falar da união entre a Inteligência Artificial e a tecnologia 5G, lançada nesta semana nos EUA e China, que irão de fato colocar os carros autônomos nas ruas do mundo.
Seu carro pode ter uma caixa-preta de dados que podem ser submetidos à sua companhia de seguros, em um esforço para obter taxas reduzidas, assumindo que os dados constituem evidência de uma condução segura.
Por isso, o foco maior das empresas de tecnologia hoje está em incrementar e turbinar ainda mais a velocidade de processamento das máquinas e também a velocidade de transmissão de dados. Já não mais a memória que importa tanto. E para que todas as coisas estejam conectadas à internet será preciso um desenvolvimento de novas formas de interação.
Talvez esteja aí o novo modelo de negócios para a publicidade. A computação em nuvem poderá, de uma vez por todas, identificar os perfis de cada consumidor e direcionar anúncios de maneira eficaz a cada um deles, de acordo com suas preferências. Nada parecido com esses cookies que vivem nos atormentando. As pessoas nuca deixarão de gostar de propaganda, desde que ela tenha algum valor.
E este valor cada vez mais tem de ser direcionado, não caberá mais a fórmula do “todo mundo vendo a mesma coisa ao mesmo tempo”. Já é assim, não?
De forma acelerada, vamos saindo da internet convencional, gutemberguiana, para a internet das coisas. A web deixa então de ser a rede mundial de computadores e passará a ser a rede mundial das coisas. E cada objeto estará conectado a outros, numa ampla, inimaginável rede das coisas. E as máquinas irão finalmente acordar com uma consciência, e fazer outras máquinas ainda mais inteligentes? Bem, isso já é assunto para um outro artigo.