Em meio à pandemia, há um apelo global para o isolamento social como a medida mais eficaz de prevenção até o momento. Com isso a preocupação em isolar o idoso, que está no grupo de maior risco, se torna cada vez maior.
Apesar de ser a melhor decisão a se tomar, segundo os órgãos mais respeitados do mundo em saúde, o isolamento é algo novo em nossa sociedade, o que nos faz aprender a lidar com os efeitos colaterais dele. Nesse momento, as emoções ficam mais evidentes, podendo colocar em risco a saúde mental dos idosos e trazendo sentimentos como a solidão, estresse, ansiedade, crises de pânico, depressão, tristeza, medo, além de possíveis alterações de sono.
Pensando neste contexto, a gerontóloga Natalia Cerri, parceira da Cuidare Morumbi, preparou informações e dicas importantes para lidarmos com nossas emoções e de nossos entes queridos, durante esse período.
O que podemos fazer para amenizar esses efeitos que o isolamento pode causar?
1. Procure manter o idoso ativo, incluindo-o nos afazeres domésticos, na preparação de refeições e em exercícios, tais como: caminhar, levantar e sentar; claro que sempre respeitando as possibilidades e limitações físicas. O importante é sempre estar mudando de posição, nada de ficar sentado e/ou deitado o dia todo.
2. Busque também atividades que estimulem a cognição como assistir a filmes, ler livro, ouvir e cantar uma boa música, auxiliar nas tarefas escolares de seus netos (através de vídeo-conferências), jogos de família. Tudo que possa entreter e exercitar nosso cérebro.
3. Destine apenas um momento do seu dia para atualização do que acontece no mundo e é importante que o idoso participe e tenha ciência do momento que estamos passando, isso facilita a compreensão às medidas de prevenção.
4. Use e abuse da tecnologia no combate a solidão. Faça contato com os familiares, amigos, seja por vídeo ou por telefone. Essa é a melhor maneira de aproximar as pessoas, no momento em que precisamos nos afastar.
5. Mantenha a espiritualidade ativa. Independentemente da sua crença, procure meditar, orar ou rezar. Estudos apontam que pessoas que nutrem alguma crença são mais positivas e reagem melhor aos problemas e adversidades — como a pandemia de Covid-19.
6. E por fim, uma mensagem aos idosos: ACEITEM AJUDA! Muita gente se dispõe a auxiliar os mais velhos no período de confinamento. Aceite esse suporte em seu entorno para que alguém lhe faça e traga as compras do mercado e da farmácia, por exemplo. E não deixe de utilizar os serviços de delivery.
“E aos familiares, se tiverem que sair, não leve o idoso junto e lembre-se de cumprir com todas as medidas de prevenção ao retornar para casa. Estamos no caminho certo, mas lembre-se sempre que hoje a melhor arma à disposição contra o coronavírus é o isolamento social. Você não está sozinho”, destaca a gerontóloga Natalia Caroline Cerri, que é formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mestre em Gestão da Clínica pelo PPGGC – UFSCar, Vice-coordenadora ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) de Rio Claro e parceira da Cuidare Morumbi.
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