Alegre, cheia de sorrisos e carinho, assim que dona Jacira, como era chamada carinhosamente, chegou à nova sede do Diário do Rio Claro.
A tarde do dia 8 de dezembro de 2018 foi a escolhida por dona Jacira para conferir as novas instalações do jornal, que passou a ocupar um novo prédio no centro de Rio Claro. A mudança de local foi feita após a grande reformulação do Centenário, que funcionou por décadas em um imóvel da Avenida 2, no bairro Jardim Claret.
Ao chegar na casa nova, Jacira foi recebida por funcionários mais antigos e bem conhecidos por ela, também pelos que chegaram para ingressar à equipe. “Ela fez questão de dar as boas-vindas, cumprimentar e agradecer a toda equipe pelo empenho de aceitar o desafio de fazer um novo Diário, conversou, relembrou fatos e demonstrou toda sua felicidade pela transformação. Nos deixou à vontade, nos ouviu e relatou a satisfação de manter o Diário do Rio Claro em funcionamento após a morte do esposo, Geraldo Zanello, já que, era uma das paixões do casal”, comentou a chefe de redação Vivian Guilherme.
Funcionários se despedem de Jacira Zanello
Uma grande perda para a cidade e para aqueles que tiveram a honra de conviver com a professora e dona do Diário do Rio Claro Jacira Zanello, foi assim que amigos, funcionários e ex-funcionários se despediram, destacando a grande mulher que fez história na educação e na imprensa rio-clarense.
José Rosa Garcia: “Mais do que um ex-repórter e ex-redator-chefe do Diário, minha relação com dona Jacira foi pessoal desde meus 22 anos, quando cheguei a Rio Claro vindo do Rio de Janeiro no final de 1982. Tia-avó dos meus filhos, me adotou como sobrinho e esteve sempre por perto nos momentos de maior alegria e tristeza. Era um ser de luz, daqueles que Deus nos envia com a missão de espalharem bondade.”
José Roberto Sant’Ana: “Dona Jacira era pessoa educada e respeitosa. Atenciosa com os funcionários, sempre atenta ao encaminhamento dos trabalhos, cuidava de estimular a equipe para fazer o melhor. Sempre foi elegante no trato com as pessoas. Nossos pesares a parentes e amigos.”
Claudette Atibaia, jornalista: “Bem, falar o que de dona Jacira? Amiga, coração enorme de bondade, dedicada à sua família, compromissada com o Diário do Rio Claro e seus funcionários. Tive o prazer de conviver com ela no Diário de 1991 até 2018, quando me aposentei. Curtimos muito. Entre risos, trabalho e tristezas também. Mulher forte, guerreira, que partiu para outro plano, com seu dever cumprido. A partir de hoje temos mais uma estrela brilhando no céu. Descanse em Paz minha amada, um dia vamos nos encontrar. Até qualquer hora!”
Antonio Archangelo: “Tive o prazer de conviver com ela em um período que trabalhei no Diário. Sempre elegante, educada e de bom humor. Fiquei triste com a notícia e deixo minhas condolências aos familiares.”
Kátia Zanello: “Dona Jacira era uma pessoa generosa e muito estimada por todos. Pessoa que tive a felicidade de conviver por muitos anos e acompanhar sua dedicação e amor ao Diário do Rio Claro.”
Maria Aparecida de Melo: “Dona Jacira era uma pessoa boa, companheira, se preocupava com a gente. Com gestos de carinho, se dirigia a nós com muita simplicidade. A hora do cafezinho era sagrada, pedia para fazer aquele cafezinho e servir para nós na bandeja e sempre tinha uma bolachinha, um pedaço de bolo. Ela ficava feliz quando a gente levava a ela algum projeto novo. Um tempo muito bom e feliz que tivemos. Sempre foi e será muito lembrada.”
Sônia Cardoso: “Foi com muita tristeza que recebi essa notícia da morte da dona Jacira. Convivi com ela por 22 anos, uma convivência muito próxima. Mesmo no tempo que ficou morando fora do país, sempre, ao lado do senhor Geraldo dirigiam muito bem o jornal, sabiam liderar a equipe, tinham essa liderança. Deixou um grande legado. Fica eternamente na memória. Saudades eternas.”
Eduardo Sócrates Bergamaschi: “Conversar com Dona Jacira era um aprendizado. Sem dúvida ela foi a grande responsável por o Diário estar ativo até os dias de hoje. Quando Geraldo Zanello nos apresentou disse: essa é a melhor mulher do mundo. Só por aí percebe-se o valor que ela tinha na vida dele. Eu respondi que ficava muito feliz por ele pensar assim, mas, para mim a maior mulher do mundo era a minha. E foi que começamos um grande amizade. Vai fazer falta…”
José Luiz Nodari: “Uma notícia muito triste, dona Jacira era uma pessoa com um coração e um astral muito bom. Por diferença de horários, nos viamos muito pouco, mas em todas as vezes, ela sempre foi muito gentil e atenciosa. “Menino! Como você está? E as meninas?”, dizia ela. Não me lembro exatamente a data em que nos conhecemos, mas posso garantir que faz mais de 30 anos e sempre a admirei pela simplicidade e generosidade no trato dado aos colaboradores do Diário. Minha gratidão a ela é eterna. Descanse em paz, guerreira!”
Leonardo Zanello: “Dona Jacira, sempre feliz e animada, uma pessoa iluminada pela sabedoria, sempre tinha um conselho que cabia perfeitamente ao momento que a pessoa que o recebia passava. Sem dúvida aprendi muito em minha convivência com ela, uma professora em tempo integral! Fará falta, sentirei saudades”.
História de superação
Por Dr. José Roberto Teixeira Leite
Você deve ter conhecimento de algumas pessoas que se superaram em algum aspecto de suas vidas. Em qualquer área do desenvolvimento humano sempre tem pessoas que conseguiram superar seus limites e saíram vitoriosos, tornando-se exemplos para outras pessoas. Nos anais da medicina existem casos que nem especialistas médicos conseguem explicar um acontecimento de cura de uma determinada doença e deixam para os cientistas descobrirem o como que isto ocorreu na vida daquela pessoa.
Nessa quinta-feira (10), nos despedimos de uma pessoa muito querida, amável, simpática e de grande brilho. Uma jovem senhora que ajudou a mudar junto com seu marido (in memoriam) os rumos de nossa querida cidade através da comunicação do nosso Diário do Rio Claro.
Eu acompanhei através de alguns anos a vida de sucesso deste casal que ganhou inúmeros troféus e reconhecimento por seus trabalhos de total imparcialidade no ramo da comunicação. Passava pelo casal os artigos que seriam publicados e se ferissem alguma moralidade não obtinham o seu aval.
Dona Jacira Russo Zanello foi o maior exemplo de superação em várias áreas de sua vida. Imagine tomar a frente desse grandioso jornal, dedicando-se todos os dias para cada dia melhorar o desempenho que ele exigia. Quantos problemas tiveram que enfrentar para manter vivo os valores e a missão que o Arquivo Histórico da Família Rioclarense herdou do fundador Major David?
A separação do casal pela perda do Sr. Geraldo Zanello acometido por uma doença deixou marcas e muitas saudades para a família e principalmente pela dona Jacira que encontrou forças e com o apoio da filha Adriana e de seu marido Edson Cortez mantiveram vivo esse símbolo de compromisso com a comunidade rio-clarense.
Falando ainda de superação, a querida dona Jacira seu corpo e mente mantiveram a força e a coragem para passar por cima de alguns empecilhos do desgaste dos anos que todos têm durante a caminhada. Quando foi internada há um tempo atrás tínhamos como jargão motivador, dizíamos: “- Força Jacira!!!” E ela sempre encontrou forças no seu espírito e em sua alma.
Eu posso dizer que minha esposa e eu tivemos o privilégio de fazer parte da amizade desse casal e de sua família que até hoje, pautado pelos valores herdados geneticamente, surpreendem a todos com toda renovação de seus empreendimentos que tem como alicerces o ideal desse casal empreendedor.
Todo perfume eleva a alma, toda doçura transmuta os desafios, toda a flexibilidade define o futuro e toda a grandeza brilha como uma joia rara. Você minha querida dona Jacira brilhou e fez parte da história de Rio Claro como uma joia.
Foto: Diário do Rio Claro