Florisa Camargo Guilherme de 105 anos faleceu na tarde dessa quinta-feira (29) em Rio Claro. Ela era viúva de Eduardo Guilherme, deixou três filhos, nora, genro, três netos, três bisnetos e sobrinhos. O sepultamento ocorre nesta sexta-feira (30) às 13h45 saindo do velório Parque das Palmeiras para o Cemitério Evangélico.
DONA ISA
Dona Isa como era carinhosamente conhecida estampou por diversas vezes sua simpatia e alegria nas páginas do Diário do Rio Claro. Sempre com sorriso e sem reclamações, seguiu sua trajetória com otimismo. Em uma das entrevistas recebeu a equipe do Diário do Rio Claro em sua residência no bairro Vila Indaiá onde sempre morou. Ela estava com 103 anos, ainda muito ativa, gostava de cuidar das plantas, passear pelo quintal e foi até para a cozinha fazer um cafezinho.
No dia das mães deste ano, contribui com a última matéria. Por conta da pandemia, não foi possível o contato pessoal, porém ela conversou feliz e se comunicou muito bem, por telefone. Aliás ficou surpresa, ao se dar conta de sua idade.
Deixou seu legado, exemplo de mulher, mãe e que amava a cidade azul. Nascida em Rio Claro no dia oito de novembro de 1916, estudou no Colégio Joaquim Ribeiro, casou com o primeiro namorado, com quem teve quatro filhos: Célia, Eduardo, Nilva (falecida) e Ana Maria. A união durou 50 anos, até o falecimento do marido. Teve três netos e três bisnetos. Atuou como costureira e seu maior orgulho foi a casa própria que ela mesma construiu com o marido e de onde nunca se mudou.
Sempre deixou claro que preguiça não fazia parte de seu vocabulário, priorizava a sinceridade e em seus depoimentos fazia questão de destacar que “ser feliz e grata era o segredo da longevidade”, dizia. Um dos assuntos preferidos era a política. Coisas que ela mais gostava? Passear, viajar, animais, flores, receber visitas, e amizades, infelizmente com a pandemia teve que ficar em casa e sem receber as pessoas queridas. O que ela não gostava? De reclamação, falar de doença e medicamentos.
Dona Isa começou a ficar debilitada no ano passado. A filha Célia Guilherme Marcondes, de 78 anos, se dedicava nos cuidados da mãe, que aumentaram com o isolamento social.
Que os exemplos deixados por dona Isa possam ser inspirações para quem conviveu com ela.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação