Uma tarde, em algum lugar do agreste baiano, um homem começa com uma enxada a preparar um pedaço de terra dura e seca como pedra. Os músculos dos braços, já cansados, ainda tentam repetir um último esforço naquela terra isolada e seca. A sua escolha foi a mais correta ou não?
Quando você pensa em escolha, você poderia me dizer que é melhor ter uma escolha do que nenhuma, não é? E eu sugiro que você comece a ter mais escolhas na vida. “As escolhas que fazemos ditam a vida que levamos”, já dizia Shakespeare há muito tempo. E ele estava certo.
Meditar sobre o que não está dando certo e buscar solução é a melhor forma de avançar pela vida e corrigir os erros e desenganos. Avançar em direção ao que escolheu é o mais sensato ato de coragem e crescimento em todos os sentidos da vida.
Esse homem da enxada, a sua escolha em semear naquele chão duro, além de coragem, foi um ato de fé. Como diz o apóstolo Paulo, “a fé é a convicção do que não se vê”. A fé remove montanhas, não é? E é ainda uma questão de escolha.
Por outro lado, tem pessoas que simplesmente aceitam as situações que a vida lhes impõe e nem sequer aperfeiçoam novas escolhas. Por que seria necessário estar completamente sem dinheiro para desejar ter mais? Ou que seu relacionamento esteja na corda bamba para depois melhorá-lo?
Posso fazer-lhe uma pergunta? Os cães gostam de ossos? Nos meus treinamentos e workshops, quando faço esta pergunta, todos respondem: – É claro que gostam! E eu rebato: – Eles simplesmente se conformam com os ossos. E aí iniciamos uma série de questionamentos.
Pense um pouco. Se coubesse aos cães dividir com você a comida, quem você acha que ficaria com os ossos? Você não acha que eles ficariam com os bifes? A realidade é que alimentamos os cães continuamente com ossos, até que eles comecem a pensar que gostam disso.
Os cães começarão a gostar e se conformar com os ossos, em vez da carne. Não que eles não apreciem os ossos, ou que eles sejam ruins, mas eles estão se conformando com os ossos. E passam pela vida sem poder experimentar algo melhor.
Uma analogia para você pensar: será que você está se acostumando com os ossos? Está se acostumando com uma vida com dificuldades e se afastou de uma vida mais produtiva e mais confortável? Ou o relacionamento que não está indo bem, mas que pelo menos vai levando a vida como pode?
Quando sentir que algo não está indo muito bem na sua vida, crie novas possibilidades, estabeleça mais escolhas e saiba que terá que pagar um preço, mas nunca se conforme com os ossos. Pense nisso!