As eleições presidenciais de 2022 se aproximam e com os ânimos tão exaltados e polarizados, há uma intensa busca por conscientizar o eleitor. Primeiro, fazendo com que os que votaram nulo ou não votaram nas últimas eleições compareçam e façam a diferença na somatória dos votos. Por outro lado, há uma campanha para que os jovens se engajem no movimento e antecipem a retirada do título de eleitor, que é obrigatório apenas depois dos 18 anos.
Segundo números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgados na última semana, o número de jovens entre 15 e 18 anos que tiraram o primeiro título de eleitor até 21 de março foi de 854.685, em todo o Brasil. Em uma década, o número de adolescentes de 16 e 17 anos que solicitaram o primeiro título de eleitor caiu 82%. Em 2012, 2.603.094 pessoas dessa faixa etária pediram o documento, enquanto neste ano, até 21 de março, foram 466.227.
Em Rio Claro, no entanto, o aumento ocorreu significativamente no ano de 2019, quando o número de adolescentes eleitores saltou de 590 para 1226. Entretanto, no ano seguinte (2020), apenas 26 adolescentes de 16 anos tiraram o título de eleitor, o que fez a média permanecer baixa nos anos seguintes. Até dezembro de 2021, eram 64 adolescentes de 16 anos e 202 de 17.
Porém, campanhas incentivando eleitores mais jovens vêm surtindo efeito no município e em apenas três meses de 2022, o número aumentou 126%. Segundo os dados, em janeiro eram 388 adolescentes com 16 e 17 anos, em fevereiro eram 455 e, em março o número chegou a 601.
As novas emissões ocorrem em meio a uma campanha de mobilização promovida pela Justiça Eleitoral nas redes sociais, que contou com a adesão de diversas personalidades, incluindo artistas nacionais como Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Juliette e também internacionais, como o ator norte-americano Mark Ruffalo.
Por Vivian Guilherme / Foto: Divulgação