O município de Rio Claro gerou 238 empregos com carteira assinada no mês passado. Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em todo o país foram criados 188.021 postos de trabalho com carteira assinada em julho, uma queda em relação a junho, mas com alta de 32,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em Rio Claro, o número de vagas abertas em julho subiu 30,05% em relação a junho que fechou com saldo de 183 empregos.
No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a julho, o Brasil registrou abertura de 1.492.214 vagas formais. De acordo com o Novo Caged, esse resultado é 27,24% mais alto que no mesmo período do ano passado quando foram criadas 1.172.763 vagas.
Nos sete primeiros meses do ano, Rio Claro abriu 2.520 empregos com carteira assinada, conforme o Novo Caged. O destaque foi o mês de março com criação de 581 postos de trabalho formais, seguido de janeiro com 564 e abril com 438. Nesse mesmo período de 2023, o município gerou 1.725 empregos e teve resultado negativo em junho com fechamento de 145 vagas. O campeão de vagas foi maio com 662 postos abertos.
Dos cinco grupamentos de atividades econômicas analisados pelo Novo Caged, dois apresentaram resultados negativos em Rio Claro. O setor de agropecuária fechou 46 vagas em julho e a construção civil fechou 45, repetindo o desempenho negativo de junho quando o setor eliminou 72 vagas.
Por outro lado, três segmentos mantiveram os resultados positivos do mês anterior. A indústria abriu 179 empregos em julho, um crescimento de 68,87% em relação a junho que teve criação de 106 vagas. O comércio fechou julho com saldo de 67 empregos formais ante 21 gerados em junho. Enquanto isso, o setor de serviços criou 79 postos de trabalho no mês passado, alta de 60,76% na comparação com o mês anterior cujo resultado foi de 127 vagas abertas.
Na coletiva de imprensa para apresentação dos dados nesta quarta-feira (28), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou o bom momento da economia brasileira, mas reiterou cobrança pela redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
“É um momento bom da economia. Precisamos falar da redução de juros. Controle de inflação não se faz só com restrição de crédito e aumento de juros. Precisamos falar em investimento e espero que o BC fale alguma coisa de controlar a inflação pela oferta e não pela restrição demanda. Se tem um processo de crescimento da massa salarial a partir do crescimento da geração de empregos, é preciso estimular os atores privados, para que façam investimento, amplie a produção, crie as ofertas”, disse o ministro.
Por Ednéia Silva / Foto: Allexandre Silva/MTE