Falar em mudança não é assunto novo; principalmente quando chegamos ao final de mais um ano. Os velhões jargões estão em alta no ano novo! Pode parecer um trocadilho mas não é.
O profissional que pretende entrar no próximo ano buscando novas oportunidades e está fazendo ou refazendo seu plano de objetivos e metas, precisa acompanhar as tendências do mercado, em outras palavras precisa estar antenado.
As tendências apontam, primeiramente, para o óbvio; ainda que para alguns não seja tão óbvio assim. Quem faz o mercado são as pessoas que estão inseridas nele, portanto, as novas gerações irão, você queira ou não, determinar como o mercado será, ou melhor, se comportará daqui para frente.
Não espere que os “jovens” de 30 anos que ficam na casa dos pais, a espera de uma oportunidade de trabalho “compensadora”, irão mudar seu comportamento; pelo contrário, essa tendência é tão impactante na sociedade, que vai moldar ainda mais o mercado de trabalho.
Você, portanto, já deve ter adivinhado: o trabalho remoto, veio para ficar. Se a pandemia acelerou o processo, independente dela, agora, trabalhar de casa é uma realidade, com a tendência de se perpetuar. O trabalho em home office agradou tanto os profissionais, como as empresas. Mas é preciso ter em mente que essa modalidade não se aplica a tudo e a todos e, essa é o grande desafio.
As empresas terão que rever toda a sua estrutura de trabalho para se adequr a esse conceito, uma vez que, dependendo da atividade da empresa ela terá que conviver com uma parte dos profissionais trabalhando em home office e outra parte que estará desenvolvendo suas atividades presencialmente.
Neste caso, por exemplo há implicações na estrutura de trabalho, na remuneração e nos benefícios.
A contratação de terceiros sempre existiu nas empresas, mas agora é uma tendência cada vez maior. Aquilo que não é atividade fim, tende a ser terceirizado. As empresas estão, definitivamente, entendendo que a especialização leva a eficiência e esta à redução dos custos.
Do ponto de vista dos profissionais, o foco estará cada vez mais centrado e, portanto, mais valorizado, ns competências e não nas tarefas. Nesta linha, entre as soft skills mais requeridas destacam-se: a resiliência, a clareza na comunicação, a adaptabilidade, a empatia, o comprometimento e a liderança.
Já as competências técnicas estarão focadas no pensamento estratégico e sistêmico, na agilidade, na capacidade de síntese e, claro o domínio e uso da tecnologia.
Sobre a remuneração, estudos têm apontado que a tendência é de que “separação” entre salário direto e salário indireto estarão cada vez mais na pauta das negociações.
Os profissionais de hoje entendem que as empresas precisam pensar mais na qualidade de vida dos seus profissionais, para que elas possam desenvolver melhor seu papel. Neste caso os salários indiretos como plano de saúde, alimentação e outros serão mais valorizados.
A estrutura de salários com regras mais definidas para os salários diretos, com avaliações efetivas, deixando de tratar desiguais de forma igual também será cada vez mais requerida. As empresas que ainda tratam os funcionários pela “cor dos olhos” correm sérios riscos, sob vários aspectos.
Vários são os desafios de um novo ano, porém com bom senso, inteligência e disposição para fazer bem feito seremos bem sucedidos.
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@prof-moacir.com.br / Viste: