Jair Bolsonaro (PSL) mantém a primeira colocação em pesquisa sivulgada nessa quarta-feira (5) pelo Ibope, contratada pela Rede Globo e o Estadão.
Foi o primeiro levantamento após o início da propaganda eleitoral gratuita e sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), impedido pela Justiça e que está preso em Curitiba. Fernando Haddad (PT), vice na chapa, foi considerado o candidato.
No levantamento anterior, Bolsonaro tinha 20% das intenções de voto e, agora, aparece com 22%. Ciro Gomes (PDT), antes o terceiro com 9%, chega aos 12% e empata com Marina Silva (Rede), que mantém o mesmo índice do levantamento anterior. Geraldo Alckmin (PSDB) passou de 7% a 9%, enquanto Fernando Haddad (PT) foi de 4% para 6%. Alvaro Dias e João Amoedo têm 3%.
Caiu o número de votos em branco e indecisos que, antes no índice de 29%, chegou neste levantamento a 21%. Quem não respondeu ao questionário, que era de 9%, agora foi registrado em 7%. A margem de erro é de 2% e foram ouvidos 2002 eleitores entre os dias 1º e 3 de setembro. O registro no TSE é BR-05003/2018. O nível de confiança é de 95%.
Pelos números e, sem Lula, Bolsonaro tem o nome que desponta na corrida eleitoral, enquanto a briga pelo segundo lugar segue acirrada. Ciro Gomes mostra sinal de crescimento com discurso duro de esquerda. Ao estilo do candidato do PSL, que, no caso, segue a linha conservadora da direita. Marina se manteve, enquanto o tucano Alckmin mostra sinal de reação, mas, dentro da margem de erro, pode estar estacionado.
Haddad, com 6%, também dá sinais de melhoras, visto que ainda não tem seu nome tratado de forma oficial. A previsão é que o anúncio aconteça no dia 11 de setembro. Seu maior cabo eleitoral seria justamente Lula. A partir de então, poderá se medir de forma mais clara a possível transferência de eleitorado.
REJEIÇÃO
O Ibope também fez levantamento com base na rejeição dos candidatos. E mais uma vez, Jair Bolsonaro aparece em primeiro. A rejeição do candidato do PSL chega aos 44% dos entrevistados. Número bem superior aos adversários. Marina tem 26% de rejeição, contra 23% de Haddad, 22% de Alckmin e 20% de Ciro Gomes. Neste caso, o levantamento propiciou que mais de um candidato fosse citado.
SEGUNDO TURNO
Ainda no levantamento do Ibope, para eventual segundo turno, a rejeição sugere ter peso na decisão do eleitorado. Bolsonaro, que é o primeiro na pesquisa, teria dificuldades contra todos os adversários. Na simulação frente Ciro Gomes, o candidato do PDT venceria por 44% a 33%, contra 19% de brancos e nulos. No caso de Alckmin, vitória do tucano por 41% a 32% e 23% de brancos e nulos. No caso de Marina, a candidata da Rede teria 43% contra 33% de Bolsonaro e 20% brancos e nulos.
Apenas no enfrentamento com o petista Haddad existiria um equilíbrio. Bolsonaro aparece com 37% contra 36% do petista e 22% nulos e brancos, configurando um empate técnico. Isto na pesquisa Ibope.
Números
Jair Bolsonaro (PSL): 22%
Marina Silva (Rede): 12%
Ciro Gomes (PDT): 12%
Geraldo Alckmin (PSDB): 9%
Fernando Haddad (PT): 6%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
João Amoêdo (Novo): 3%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Vera (PSTU): 1%
João Goulart Filho (PPL): 1%
Cabo Daciolo (Patriota): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 21%
Não sabe/não respondeu: 7%
Presidentes de partidos falam sobre cenário
“Tudo indica que ele está na frente nas pesquisa. E é aquele ditado: ou você ama ou você odeia. Se ele não ganhar no primeiro, eu acredito que com quem ele for no segundo, vão fazer uma manobra para que ele perca a eleição. A única esperança dele é disparar no primeiro turno e vencer no primeiro turno”, Tuzinho Fernandes – PRB
“Se avaliar o crescimento referente à última pesquisa, podemos dizer que ele mantém o mesmo patamar, ou seja, sua campanha não terá crescimento tão considerável em um mês, mas, ainda sim, tem grandes chances de chegar ao segundo turno”, Luiz Carlos Curinga – PCdoB.
“Avalio como uma fotografia do momento. A campanha oficial está só começando e esse quadro, assim como o dos demais candidatos, pode mudar daqui para frente. Se o candidato que agora lidera as pesquisas no primeiro turno também tem uma das maiores rejeições, cabe a ele enfrentar essa situação”, Emílio Cerri – Podemos.