Por que o Goku pode ingerir tantas quantidades de comida? E quem é mais forte? Goku, Hulk ou Super-Man? Quais os motivos de Thanos fazer com que metade da população do universo desaparecesse num instante? Os X-Men, e o Quarteto Fantástico podem explicar os movimentos sociais da década de 60? Há relações entre Game Of Thrones e a Guerra das duas Rosas na Inglaterra? Todas essas perguntas podem ser encontradas e respondidas por meio de um canal no YouTube, o canal Nerdologia.
Surgido no final de 2013, o canal Nerdologia trás conteúdos da cultura nerd e, ao mesmo tempo, explica os fenômenos científicos que os envolvem, utilizando-se de uma linguagem compreensível ao público com apresentações que não ultrapassam 10 minutos. O canal une recursos audiovisuais e referências científicas para divulgar a ciência para o público leigo de uma forma totalmente descontraída e acessível.
Para Átila Iamarino, biólogo e doutor pela Universidade de São Paulo: “A princípio foi uma motivação interna de querer falar do que eu gosto (…), na época da gripe suína tinha muita gente buscando sobre isso no Google, e deu pra perceber que quem buscava não estava buscando um jornal, (…) o jornal trazia conteúdos factuais (…) havia a necessidade de informar o público sobre o que estava acontecendo (…) a gente tinha que falar sobre ciência, sem necessariamente falar sobre ciência, e o Nerdologia é esse ‘spam científico’, conta. Para ele, a linguagem adequada ao público gera mais interesse, e se aproxima mais da realidade, mas nem por isso negligencia a essência do saber científico.
O Nerdologia vai ao ar todas as terças-feiras, com temáticas voltadas à biologia, geologia, física e tecnologia, e às quartas-feiras com os temas mais centrados na história e sociologia. O primeiro é apresentado por Átila Iamarino, e o segundo é pelo historiador, também formado pela Universidade de São Paulo, Filipe Figueiredo. O canal, além de outros canais brasileiros de ciência, faz parte da rede ScienceBlogs Brasil, que disponibiliza o acesso voltado à divulgação científica no país na Internet.
O autor é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade – UFSCar.
Por Felipe Adriano de Oliveira