De tempos em tempos, a minoria que tudo domina tem de lidar com a insatisfação e a aspiração de liberdade da maioria dominada. Então, no passado bem remoto, a minoria corporativa e dominante, conseguia fazê-lo impondo o medo e o terror. Mas, desde o século passado, houve um aperfeiçoamento, nessa sempre eficiente estratégia de dominação e controle. Ou seja, menos terror, e a introdução de um aparato tremendamente eficaz e de efeito rápido, que levou apenas décadas, para produzir o emburrecimento da maioria da raça humana e a sua fragilização como jamais visto, a partir de conceitos altamente destrutivos, como, o vitimismo e o coitadismo e um falso espiritualismo que convence as alminhas puras de boa-fé a acreditarem em falácias como “Deus tudo provê”, isentando da luta comum e necessária a todo ser humano desperto, tratando com desdém e cinismo os convencidos da mentira, de que basta a fé cega para conseguir o que é essencial e supérfluo.
Em verdade, sabem os despertos, que o ser humano somente prospera quando busca a verdade através do conhecimento que o liberta da ignorância. E quando se dedica ao trabalho, em seu benefício e em benefício de seu semelhante, utilizando do conhecimento adquirido, para conquistar vitórias, estas sim, verdadeiras, que não se obtém sem que haja interesse, vontade e esforço da parte da pessoa interessada que trabalha com objetivo de prosperar nos dois aspectos fundamentais da vida, o humano e o espiritual.
E agora, a partir dos meios de comunicação de massa, a internet e as redes sociais, bastante acessíveis, está em curso o novo método de dominação da minoria corporativa dominante sobre a maioria dominada, que é simplesmente a distração. Nunca a maioria dominada esteve tão alienada, tão distraída, tão incapaz de reagir, se é que algum dia fora.
A maioria dominada, acéfala e amorfa e condicionada, continua a esperar docilmente por promessas que jamais se cumprem e jamais irão se cumprir, porque estão baseadas na impossibilidade em face a realidade objetiva da vida.
Está entretida diuturnamente com expectativas absurdas e desprovidas de bom senso como, por exemplo, a confirmação da presença de seres alienígenas neste planeta Terra.
É bombardeada e sufocada por mensagens inúteis, que visam despertar-lhe o interesse por assuntos estúpidos e fúteis, sem nenhuma importância e que outra coisa não fazem senão tomar indevidamente o seu tempo, desestimulando-a ao que tem de mais precioso, que é a possibilidade de adquirir conhecimento para libertar-se da ignorância e trabalhar para o seu sustento e prosperidade.
Não fosse o bastante, a maioria dominada, endivida-se, diuturnamente, desfazendo-se de seus escassos recursos, afogada por facilidades que a estimulam a viver para e das ilusões, tão sedutoras e tão habilmente produzidas pela minoria corporativa dominante, através de seus eficientes representantes.
A metáfora do gado indo para o matadouro nunca foi tão real. E pior, ele o faz feliz, porque a pessoa humana, em sua maioria, sobre a face da Terra, distanciou-se das leis de Deus, esqueceu-se dos ensinamentos de Jesus, o seu único mestre, a sua única referência segura e exata, o seu único guia e modelo e refúgio, e deixou-se derrotar facilmente, sem resistência, pelo materialismo, em troca de pão e circo, que considera indispensáveis à sua sobrevivência.
Não esperem que isso se modifique a médio ou longo prazo. Será preciso que toda essa geração fraca e derrotada, da qual fazemos parte, e tudo isso que a envolve e a domina, desapareça, para que a vida, de fato, se renove.
Quando a minoria corporativa dominante colher o fruto amargo e nocivo para si mesma do que plantou ao longo de milênios, quando for dissipada pela luz que irá se impor sobre ela, desfazendo as trevas sob as quais a minoria dominante atua e se esconde, e ela ficar desnuda e todo seu poder for retirado pela força das circunstâncias e da lei do progresso natural, irreversível e irresistível, porque assim é da vontade de Deus, o Criador, então, finalmente, este mundo, irá respirar ar puro, verá luz, e finalmente será ocupado pelos mansos e os bons e os justos que, por direito conquistado, irão recebe-lo por mérito. E serão poucos, bem poucos os que terão esse direito. Como em um passado não muito distante, foi dito que seria.
Até lá, iremos sofrer as dores do corpo e da alma. E só os fortes, os realmente fortes, em carne e espírito, resistirão, enquanto resistir for possível.
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