Em uma semana onde a política perdeu espaço para outros temas, notadamente tragédias, ficou evidente que Legislativo e Judiciário no Brasil não caminham de mãos dadas.
Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, por exemplo, se municiam para resguardar a defesa e se posicionam de forma a controlar ao máximo as “peças encaixadas no tabuleiro” deste enfrentamento. Ninguém assume os desencontros, mas as ações comprovam o desequilíbrio.
Decisões, de ambos os lados, confirmam o incômodo entre os poderes. O Executivo, por sua vez, acompanha distante. Atento, mas sem opção por um dos lados. Mede causas e consequências. Na verdade, se cada qual tomasse conta da área que lhe cabe, o momento atual no País seria muito melhor. As intervenções do STF, na política nacional, nem sempre têm sido saudáveis.
Algumas criticadas até mesmo dentro do Judiciário, como na Operação Lava Jato, atingida de forma direta com a decisão de que crime do caixa 2, em associação com corrupção ou lavagem de dinheiro, deva ser julgado na Justiça Eleitoral, e não Comum. Desencontros mantidos e o desconforto só tende a aumentar. Pode ser bom para alimentar a mídia e os debates, mas péssimo para o Brasil.
Supremo Tribunal Federal decidiu que crimes eleitorais, como o caixa 2, associados a outros, como corrupção e lavagem de dinheiro, serão enviados à Justiça Eleitoral.
Corruptos investigados pela Operação Lava Jato e outros, agradecem pela decisão.
É o País da impunidade mais uma vez beneficiando o colarinho branco.
Mas, convenhamos, não dava para esperar algo melhor.
Fake news também marca presença na “mídia oficial”.
Tudo pela corrida por informação. Mas na base da invenção, resultados acabam não sendo os melhores.
E daí não adianta chorar. Sem credibilidade, sem sucesso.
É aquela história: não importa o tamanho do navio, quando falta comando, afunda.
Viva a liberdade de expressão, com responsabilidade.
Nos dias de hoje, quando impera o ódio, tem quem goste de distribuir o amor.
Mas calma com os exageros. Quando não mede as consequências, de nada vale o arrependimento posterior.
Em alguns casos, nem o Corpo de Bombeiros para apagar o fogo!
Massacre em Suzano ou destruição com as chuvas, qual o tema principal da quarta-feira, dia 12?
Nenhum deles! Não nas redes sociais, onde as reclamações ficaram por conta da instabilidade, que prejudicou Facebook, Instagran e WhatsApp.
As redes sociais não são tratadas como drogas, mas causam dependência.
É tamanha a submissão que alguns dias sem internet podem colocar o pessoal nos trilhos novamente.
Tem gente que precisa arrumar o que fazer para não ficar de olho na vida dos outros.
Fora as discussões e agressões, onde não importa o que é certo ou errado, apenas criticar o que não vem do espelho.
Imagens da tragédia em Suzano foram compartilhadas por milhões de pessoas.
Inclusive chegando aos familiares das vítimas, que acompanharam com muita dor as cenas do massacre.
Nesta hora, o tal de respeito com o próximo fica onde mesmo?
Passada a “euforia” pelo compartilhamento, começam as críticas pela exposição desnecessária.
Tipo, depois do leite derramado, não existe mais o que ser feito.
É preciso cuidado na exposição do próximo. Ninguém sabe o que pode acontecer no futuro.
O massacre em Suzano só confirma que o 2019 realmente está “carregado”.
Criticar a falta de segurança no episódio sugere ser injusto.
Estamos falando de um estabelecimento de ensino. Duvido que alguém esperava algo de tamanha violência.
Pior ainda é afirmar que um professor armado poderia ter evitado a tragédia.
É muita ignorância!
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anuncia revisão dos procedimentos de segurança.
Vale a lembrança de caso recente em Campinas, onde igreja foi invadida também em ataque de atirador.
Culpa de quem neste caso?
As chuvas dos últimos dias trouxeram novos alagamentos para a Avenida Visconde do Rio Claro.
E não esperem tempo melhor para os próximos anos.
Como comentamos, são necessárias obras caras, que dão trabalho e, pelo longo tempo, pouco retorno político.
Onde não dá voto, político não investe.
Preferem as mentiras de campanha.
Algumas, responsáveis pela vitória eleitoral por boa parte dos nossos políticos ao longo das últimas eleições.
Precisa desenhar?
“Esquadrilha da Fumaça” pode marcar, mais uma vez, presença nas festividades pelo aniversário de Rio Claro.
Com certeza um lindo espetáculo no céu, mas com reflexos de muitas piadinhas em terra.
Às vezes é mais interessante incentivar os olhos para o céu do que para os problemas da cidade.
Mudança na Saúde não afasta as críticas.
Dentro e fora do Governo Municipal.
Alguns com segundas intenções. Para variar.
Educação, Saúde e Seguranças são prioridades e alvos prediletos para quem tem as pedras.
Depois, vira vidraça e se inverte os donos da verdade.
Filhos e pais passam dias sem se comunicarem, mas não conseguem ficar poucos minutos sem as redes sociais.
Vai entender!
Depois do Carnaval, “moradores” do Jardim Público voltam a ser incomodados.
Agora, são as árvores que caíram no local.
No futebol, quando o técnico está prestigiado, está próximo da queda. E no caso de uma Secretaria?
Sobre praças de Rio Claro, impossível estacionar o veículo sem pagar taxa para desocupados.
Boa parte com mais álcool no corpo que os próprios veículos.
Consumidor antecipa o 13º salário para as compras dos Ovos de Páscoa.
Mas para o bacalhau vai faltar.
Brincadeiras à parte, em dias de intolerância não se pode incentivar a violência.
Fazer piadinhas com invasões a redutos políticos é ignorância.
A melhor arma é o voto consciente.
Mas tem quem prefira coxinhas, mortadela, jogos de camisa, bolas, panetone, entre outros.
Episódio em Brumadinho-MG segue sem condenação e mais de 100 pessoas desaparecidas.
E são poucos que acreditam em mudanças no cenário.
Muita gente criticando os trabalhos da Câmara Municipal quando a sessão é rápida.
Discordo. Na falta de ter o que dizer, melhor ir para casa.
Embora fosse interesse do eleitor saber o que acham das denúncias de “rachid”.
Silêncio perigoso, em que pese processo ainda estar em andamento.
Tão trágico quanto o episódio em Suzano, é saber que existem pessoas que torcem pelo bandido no enfrentamento com a polícia.
A violência não é “privilégio” brasileiro. Na Nova Zelândia, na sexta-feira, massacre em mesquitas teve aproximadamente 50 mortes.
Lá, como cá, o problema é o mesmo: intolerância.
Boa semana a todos, de paz.
Os meus tempos estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.
Salmos 31:15
Neste momento de tristeza e incertezas, não se deve acenar com a possibilidade de relacionar o crime de Suzano com o atual momento no Brasil, de intolerância. Mesmo porque a ação estava sendo preparada há cerca de um ano, segundo as investigações. É necessário tomar cuidados com as conclusões precipitadas. Nem de longe propor o incentivo à violência.
É preciso calma. O massacre ou tragédia, como queiram tratar, tem que ser tratado como fato isolado, fruto de uma loucura. Não se pode espalhar o pânico, aliás, é preciso evitar. Menos ódio, não apenas para um Brasil melhor, mas para um mundo mais saudável.