Álvaro Brochado Hilsdorf, também conhecido como Álvaro do Violão Tenor, nasceu em Rio Claro no dia 10 de agosto de 2023 e morreu em São Carlos no dia 25 de dezembro de 1997, após desfrutar da Ceia de Natal com sua família.
Embora não tenha exercido a música como profissão, Álvaro se dedicou inteiramente a preservação e difusão do violão tenor, instrumento que foi trazido dos Estados Unidos durante a década de 1920 por Aníbal Augusto Sardinha “Garoto”, renomado instrumentista e autor de pérolas da música brasileira como “Desvairada”, “Gente Humilde” e “Jorge do Fusa”.
Álvaro do Violão Tenor realizou inúmeras gravações como solista, sendo acompanhado por grandes nomes do Chorinho Brasileiro como Abel Ferreira, Altamiro Carrilho, Canhoto da Paraíba, Dino 7 Cordas, Evandro do Bandolim, Jorginho do Pandeiro, Luizinho 7 Cordas, Netinho, Toco Preto, entre outros. Seu legado fonográfico se fez por meio um compacto (33 rotações), quatro LP’s e dois CD’s, sendo o último uma compilação de gravações relançadas pela família como forma de homenagem póstuma.
Além de ter realizado a abertura de shows de Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, Álvaro também participou como artista em destaque no programa televisivo Alegria do Choro, apresentado pelo renomado bandolinista Izaías Bueno. Como empreendedor cultural, Álvaro foi proprietário da gravadora e selo fonográfico Prodígio Discos, pela qual gravou o virtuose bandolinista pernambucano Luperce Miranda, em um de seus discos mais icônicos intitulado como O Bandolim e o Mestre.
Sobre o projeto do documentário
Leandro Malazarte é músico, compositor, pesquisador independente e produtor cultural há mais de 10 anos. Iniciou sua pesquisa sobre a vida e obra de Álvaro Brochado Hilsdorf em 2021, com o intuito de resgatar e preservar a história dessa importante personalidade rio-clarense, a qual foi relegada ao esquecimento, não havendo registros nos arquivos públicos, bibliotecas e internet. Leandro reforça em sua fala: “Assim como Dalva de Oliveira está para a Era do Rádio e Dom Salvador para o Samba Jazz, Álvaro do Violão Tenor está para o Chorinho Brasileiro.”
A produção do documentário se tornou possível por meio do Edital de Chamamento Público N°1/2023, sendo viabilizada por meio de recurso financeiro repassado pelo Governo Federal, Ministério da Cultural, Lei Paulo Gustavo, Prefeitura Municipal de Rio Claro e Secretaria de Cultura.
Em 2024, foram realizadas atividades artísticas culturais para alunos de Escolas Públicas do município de Rio Claro, fazendo exibições do documentário e realizando apresentações musicais didáticas com o violão tenor, a fim de demonstrar esse instrumento tão incomum na música popular brasileira.
O documentário está disponível gratuitamente no YouTube e conta com recursos de acessibilidade como audiodescrição, Intérprete em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e legendas, podendo ser acessado pelas redes sociais de Leandro Malazarte (@leandro.malazarte).
Foto: Divulgação