Segundo dados do IBGE (Censo de 2010), 51% da nossa população é formada por mulheres. Ainda em relação a pessoas com deficiência no estado de São Paulo 56%, das pessoas são do sexo feminino.
A mulher cada dia mais vem conquistando seu protagonismo. Em razão de lutas por direitos da pessoa com deficiência, inúmeras mulheres figuram como protagonistas. O museu da inclusão, localizado em São Paulo, revela esse protagonismo e a importância de muitas delas, nesta luta.
Podemos destacar: Maria de Lourdes Guarda que nasceu em Salto (SP) em 22 de novembro de 1926. Estudou como interna no Colégio Patrocínio das Irmãs de São José, em Itu, lecionou em Salto, com 18 anos no Colégio da Congregação das Filhas de São José (D. Caburlotto). Sonhava em seguir os passos de sua irmã, na vida religiosa, mas primeiramente precisava tratar de um problema na coluna, uma lesão que lhe causava muita dor. Foi operada com relativo sucesso em 12/08/1947, mas as dores não passaram, e precisou se submeter a uma segunda cirurgia, que a deixou paralisada da cintura para baixo. Durante cinco anos sofreu seis operações, como tentativas frustradas de fazê-la andar. Com o pé direito gangrenado, teve a perna amputada do joelho para baixo. Em 1980, foi eleita coordenadora nacional da FCD, e no ano seguinte começou a viajar, formando em todo território nacional grupos da fraternidade; graças a doações de passagens de uma empresa aérea, que incluíam como acompanhantes, médico e enfermeira. Em 1992 terminou seu mandato como coordenadora da FCD, e suas viagens cessaram, pois o movimento já estava semeado por todo o Brasil. Faleceu em cinco de maio de 1996, e está sepultada no cemitério de Salto, no túmulo de sua família.
Ainda em história mais recente, mas que figura ainda neste mesmo museu sua imagem e propósito de luta, Célia Leão, esta que ficou paraplégica aos 19 anos após um acidente de carro, foi vereadora de Campinas, Deputada estadual por sete mandatos e esteve à frente da secretaria de estado como secretária dos Direitos das Pessoas com Deficiência de 2019 a março de 2022. Uma das mulheres que mais atuou na luta pelos direitos das pessoas com deficiência.
Para finalizar se faz importante destacarmos a senadora Mara Gabrilli, tetraplégica devido a um acidente de carro. Atuou como primeira secretária municipal da Pessoa com Deficiência da capital paulista. Foi deputada federal e relatora da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), o principal marco legal que dispõe sobre os direitos da pessoa com deficiência.
Estas e tantas mais mulheres foram fundamentais nos avanços e busca de direitos para pessoas com deficiência. Inúmeras outras, bem como duas citadas anteriormente, ainda atuam e trabalham por essa causa. Neste mês dedicado à mulher, esta coluna deseja a todas as mulheres, felicidade. E deseja ainda destacar a importância, de forma macro, das mesmas em toda evolução em nossa sociedade e o quanto são fundamentais e devem ser protagonistas nos mais variados espaços.
Giro Inclusivo:
Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down
21 de março é o Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down. A data está no calendário da Organização das Nações Unidas desde 2012. De acordo com a ONU, a data tem o objetivo de conscientizar a população e de quebrar o estigma social.
A síndrome de Down é uma condição genética que causa alteração no cromossomo 21 das células, fazendo com que existam três cromossomos no lugar de dois. A data de comemoração não foi escolhida por acaso. O dia 21 de março faz analogia a chamada trissomia do 21. Por Fonte: Senado Federal
Pessoas com deficiência já podem ser vacinadas com a bivalente
Desde a última segunda-feira, dia 20, a vacina bivalente contra Covid-19 foi liberada para todos os grupos prioritários, inclusive para pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos de idade. Em nosso municipio, o horário de atendimento é das 7h30 às 16h30 sem pausa para o almoço. Basta procurar uma das seguintes salas de vacina: UBS Chervezon, UBS 29, UBS Vila Cristina, UBS Wenzel, USF Palmeiras, USF Bom Sucesso, USF Mãe Preta e USF Bela Vista.
A bivalente é a vacina “atualizada” que protege contra as variantes em circulação, como por exemplo, a ômicron.
Por Paulo Meyer e Vilson Andrade / Foto: Divulgação