Líderes do Movimento Pró- Hospital Público Regional reaqueceram a discussão sobre o tema e realizam no próximo dia 14 nova reunião para organizar entidade. O encontro está programado para acontecer às 9 horas, na Igreja Matriz do Bom Jesus, e quer reiniciar as discussão para a construção de um hospital público regional. A atividade é aberta a todos os interessados.
Em entrevista ao Centenário, os porta-vozes Cesar Augusto Borgi e Hilda de Lourdes Uhlmann esclareceram que o sonho é antigo.
“O movimento começou em 2013 como uma ação da Pastoral da Saúde da igreja católica. A pastoral realiza visitas aos enfermos da Santa Casa e percebemos as condições das pessoas esperando nos corredores em macas”, conta Borgi.
Incentivados pelo então padre Antonio sagrado Bogaz, o grupo começou a mobilizar a sociedade para impactar de forma positiva na saúde. “Fizemos diversas reuniões e decidimos iniciar o Movimento Pró-Hospital Público”, relata.
APOIO
Em apenas 15 dias, em 2013, foram coletadas mais de 21 mil assinaturas de apoio. O abaixo-assinado com o pedido de intenção de construção do prédio foi protocolado no Ministério da Saúde, em Brasilia.
DEFASAGEM
De acordo com Borgi, Rio Claro está em defasagem de 135 leitos, considerando a população regional, que é atendida pela Santa Casa, que atende o SUS. “Precisamos de um novo hospital para sanar esse problema. Temos em média cerca de 270 mil pessoas na região”, afirma ao lembrar que a Santa Casa mantém apenas 84 leitos.
“Como o poder público não tem condições para fazer um hospital, decidimos iniciar esse trabalho”, conta.
TERRENO
Borgi enfatizou que o prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da Padaria (Democratas), já se comprometeu com a doação de terreno localizado no bairro Mãe Preta, próximo à Whirpool.
“O terreno tem 11 mil metros quadrados e está devidamente legalizado. A atual administração sinalizou o local para a construção”, disse.
Para formalizar a doação, o movimento precisa se organizar juridicamente. Com isso, no dia 14 de setembro, a advogada Rosa Catuzzo vai apresentar o estatuto para dar andamento ao projeto.
Questionado se é a entidade que pretende fazer a gestão dos recursos, a exemplo do que acontece com a Santa Casa, foi enfático: “Isso vai dar andamento na busca de recursos. Mas é importante reforçar que o hospital será gerido pelo poder público com a sociedade civil organizada. Será aberto e não uma gestão fechada dentro de uma sala com ar condicionado”, finaliza o voluntário.