Cada qual com o seu propósito decidiu encarar os desafios do conhecido caminho que leva os devotos ao encontro simbólico com Nossa Senhora Aparecida. Em comum carregam a fé e determinação para concluírem o trajeto. Antes foi preciso um preparo físico e mental, visto que, o percurso exige muito de quem se propõe a seguir por dias caminhando ou, no caso, pedalando. “Para mim está sendo em agradecimento, minha mãe passou por dois procedimentos cirúrgicos nos dois últimos anos, foi bem complicado, mas graças a Deus não precisou fazer nada de quimioterapia ou radioterapia e os resultados dos exames deram negativos. Então o meu intuito nesse caminho, a minha peregrinação é minha fé em Nossa Senhora, em agradecimento a saúde, principalmente da minha mãe”, contou ao Diário do Rio Claro o biomédico Rodrigo Antônio Bertoncin.
Os ciclistas do Grupo Bichos do Mato de Rio Claro iniciaram nessa terça-feira (31) a rota do tradicional “Caminho da Fé” de aproximadamente 345 quilômetros, com chegada à Aparecida no domingo (5). Serão seis dias, porém a preparação tanto física como mental começou há um bom tempo. “A preparação vai de pessoa para pessoa, uns treinavam no fim de semana, outros todo dia. Eu fazia aos finais de semana, sábado à tarde ou domingo de manhã, com preparo de 80km a 100 km por fim de semana. É um caminho bastante longo, são aproximadamente 345 quilômetros e tem muita altimetria então o que pega no caminho é a subida. A gente pedala aproximadamente 2 mil metros de altimetria por dia, numa média de 60 a 70 km. A distância não é muita, mas é muito morro, a gente fica no meio da montanha, nas encostas, nas serras, a gente pedala no meio do mato, no meio da serra. Corta os estados de Minas Gerais, São Paulo, o Vale do Paraíba, isso que mais pega. Mexe muito com o psicológico, é sol quente, é subida, você acha que não vai dar conta, você pede para a mãezinha toda hora fazendo uma oração para ela e parece que ela te empurra”, declarou o biomédico que faz o caminho pela segunda vez e conta com apoiadores como Equipe Tartaruga, Cicloturismo, Vedovello Veículos, KCM Madeiras e NicPharma.
O ciclista e encarregado de Informática Fabiano Augusto Zorzo encara o desafio pela primeira vez, reconhece que não vai ser fácil, porém enaltece que a recompensa vale cada quilômetro. “Os principais desafios são, a mente, o corpo e a alma. Na últimas quatro semanas fiz treinos mais intensos, porém a preparação já fazia durante o ano. Para mim representa fé, agradecimento e também pedidos à nossa mãe Nossa Senhora Aparecida e também por todo o grupo, oração para todo mundo”, destacou.
Entre o grupo está também Gislaine Pedroso que se propôs a fazer o Caminho da Fé como forma de agradecer uma conquista profissional. “Estou aqui agradecendo a graça de ter me tornado Líder Natura Diamante (isso foi um crescimento muito grande) em 2019, que foi quando fiz a promessa que se a equipe conseguisse crescer e aumentar as vendas da equipe eu viria! E aqui estou. Pra mim o principal desafio é manter o equilíbrio da mente, o físico precisa estar bom, mas a mente é o principal, mas com toda certeza vale cada subida, hoje ao começar cai no choro e quis desistir, mas logo com muita fé e amor consegui me recompor”, destacou sobre a persistência, superação e conquista de concluir o primeiro dia.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação