O impacto dos acidentes de trânsito na saúde pública cresce anualmente, de acordo com especialistas. Desde 2013, houve aumento de 15,8% no número de internações em hospitais do SUS no Estado, decorrentes de ocorrências com carros e, sobretudo motocicletas, que lideram as estatísticas.
Segundo os dados, 80% das internações estão ligadas a acidentes com motos. É o que mostra o balanço feito pela Secretaria de Estado da Saúde para o “Maio Amarelo”, movimento que busca conscientizar a população sobre responsabilidade e segurança no trânsito.
Em 2018, foram realizadas 26.229 internações de pessoas envolvidas em acidentes. Do total, 22.581 (86%) eram motociclistas, enquanto as outras 3.818 envolveram carros. Em 2013, ocorreram 22.644 internações, das quais 18.608 (85%) relacionadas a motocicletas e 4.036 a veículos.
Vítimas
Considerando os acidentes com ambos os tipos de veículos, as vítimas são predominantemente na faixa etária de 20 a 59 anos, em ambos os sexos. Os homens são as vítimas mais frequentes: nos últimos seis anos, cerca de 80% dos acidentados eram do sexo masculino, com uma média de 20 mil internações por ano, dos quais aproximadamente 17 mil casos relacionados a motos.
Observa-se diminuição no número de internações relacionadas a acidentes de carro. No ano passado, foram 3.648 atendimentos desse tipo, uma queda de 9,6% em relação a 2013, quando ocorreram 4.036 internações.
Embora também predominem as vítimas do sexo masculino, as mulheres responderam por um terço dos acidentados internados em hospitais públicos por esse motivo. Tradicionalmente, os principais motivos dos acidentes de trânsito estão relacionados ao desrespeito às leis, abrangendo excesso de velocidade, ingestão de álcool, direção perigosa e uso de celular.
“A imprudência ao dirigir é a maior causa dos acidentes nos últimos anos. O excesso de velocidade, misturado com o consumo de álcool e uso de celular no volante, ainda acontecem com frequência e é necessária a conscientização do motorista para poder evitar esses graves acidentes”, revela Cecília Damasceno, coordenadora do Grupo de Resgate.