A paralisação dos motoristas de Rio Claro contra a empresa Uber aconteceu nessa quarta-feira (8) de forma pacífica. O ato tinha entre as reivindicações o reajuste dos repasses e mais segurança na plataforma para os profissionais. A greve aconteceu no Brasil inteiro e também em diversas partes do mundo.
Conforme contou ao Centenário o uberista Franscisco Gean Alves da Silva, o repasse das corridas feitos pela empresa aos motoristas chega a apenas 50%. “O percentual reivindicado é que o motista fique com pelo menos 80% do valor da corrida. E isso não acontece. A Uber desconta de 25% a 45% do motorista”, contou.
“Participaram muitos motoristas da cidade e alguns preferiram tirar o dia para ficar com as famílias, mas estamos torcendo para que saia algum resultado da votação em Brasília solicitada pelo vereador de São Paulo Amadeu, que pediu o fim do Uber”, declarou à reportagem Silva.
Caso a articulação do político seja exitosa, nova paralisação pode acontecer na sexta-feira (10).
STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nessa quarta-feira (8) que é inconstitucional proibir a atuação dos motoristas particulares dos aplicativos Uber, Cabify e 99.
Por unanimidade, com base no princípio constitucional da livre concorrência, a Corte decidiu que os municípios podem fiscalizar o serviço, mas não podem proibir a circulação ou estabelecer medidas para restringir a atuação.
A decisão da Corte também poderá acabar com a guerra jurídica de liminares que autorizaram e proibiram a circulação dos motoristas em várias cidades do país.
O STF julgou ações contra leis de Fortaleza e de São Paulo proibindo a atuação dos motoristas. O caso foi julgado a partir de ações protocoladas pelo PSL, partido de Bolsonaro, e pela Confederação Nacional de Serviços (CNS).