A Polícia Civil realizou coletiva de imprensa na tarde dessa sexta-feira (13) para divulgar o andamento das investigações sobre a morte de Ana Talita da Silva, de 19 anos, encontrada no último domingo (8).
O delegado seccional, Paulo Nabuco, informou que após investigações o caso foi resolvido pela Polícia Civil, com a prisão temporária decretada do motorista de 36 anos. Nabuco destacou que as imagens das câmeras de segurança foram imprescindíveis para a resolução do caso. As imagens registraram o veículo sendo conduzido pelo motorista na Rua 1, do Jardim Novo I, às 17h15, e é registrado novamente às 17h29, passando pela Estrada dos Costas. “Este foi um ponto importante da investigação para que não houvesse dúvidas da participação dele no crime para colocá-lo na cena do crime”, destacou.
O delegado Alexandre Socolowski disse que, a princípio, o motorista negava a autoria, mas ao ser confrontado e ao relatar histórias inconsistentes, acabou por confessar o crime. “O trajeto foi refeito e, segundo as imagens e os relatos dele, ele deixa Ana Talita em uma loja para pegar uma encomenda e depois a busca; a partir disso, o percurso que acompanhamos, através das câmeras, mostra o veículo em Santa Gertrudes, depois na pista Rio Claro-Piracicaba, culminando no aterro sanitário”, revela.
Segundo o delegado, a morte da jovem se dá por volta das 17 horas, quando ele deixa o corpo em um canavial, próximo ao aterro sanitário. No local, eles teriam discutido e ele teria pego uma faca, que estava no banco de trás do carro, e desferido um golpe contra a jovem, segundo depoimento. Entretanto, o corpo apresentava duas perfurações.
Depois de deixar o corpo, o motorista teria ido a alguns bares da cidade, depois a um barbeiro para cortar o cabelo, com o intuito de ter um álibi, e depois volta para casa. “Quando ele percebe que muitas pessoas já estão sabendo do desaparecimento dela, volta ao local, deixa o veículo e segue a pé até o distrito de Tanquinho, onde pega um ônibus para Piracicaba, de lá para São Paulo e, depois, para o litoral”, relata o delegado.
De acordo com o depoimento do acusado, ele conhecia a vítima e teriam tido um relacionamento. “Ele afirma que eles tinham um relacionamento, mas que tinha terminado e que ela continuava atrás dele, não aceitando o fim do relacionamento; mas são informações que ainda estamos verificando”, ressalta, destacando que a motivação do crime ainda deve ser esclarecida.
Ainda não foi localizado o celular e outros objetos que pertenciam à vítima. As roupas tanto dela, quanto do acusado seguiram para perícia.
Foto: Diário do Rio Claro