Recentemente, a secretária Bruna Cassola e familiares passaram por um imenso susto.
Tudo depois que a filha Rafaela, de apenas sete anos de idade, foi picada por formigas. “Estávamos em uma festa, ela brincando para lá e para cá, quando pisou num formigueiro”, diz a mãe. A sorte é que, logo após o ocorrido, a menina correu para contar para a mãe. Todos se alarmaram porque, de imediato, a menina começou a apresentar manchas vermelhas pelo corpo todo. “Neste momento, já saímos com ela para o hospital, graças a Deus deu tempo de tomar as providências” relata Bruna.
Foi depois de receber o atendimento que todos ficaram sabendo que a criança é alérgica ao inseto. A iniciativa de levar Rafaela rapidamente para receber cuidados médicos foi determinante para evitar complicações. “Por ter sido levada logo, não tivemos problema mais graves, mas ela precisou tomar vários medicamentos e ficou em observação”, relembra a mãe.
O médico disse para Bruna que a pressão da menina poderia subir e corria risco de até sofrer uma parada respiratória. Agora, os cuidados são redobrados. “Nem sabíamos que tinha alergia. Agora, estamos atentos, dependendo a área que vai frequentar, aderimos ao uso de botas”, falou Bruna.
Nessa segunda-feira (22), um caso na Bahia chamou a atenção e impressionou muitas pessoas. A jovem de 24 anos, estudante de medicina, Michelle Teixeira do Valle, morreu na Bahia depois que foi picada por formigas na casa onde morava. Teve complicações e não resistiu. A vítima foi levada pelo Samu em estado grave para o hospital, mas o quadro evoluiu para síncope com choque circulatório e parada cardiorrespiratória. O protocolo foi de morte cerebral e a família permitiu a doação de órgãos.
O Professor Doutor da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Unesp, Osmar Malaspina, disse que não existem estatísticas sobre o número de mortes por picadas de insetos. “Não temos dados oficiais, porém, o índice no Brasil é expressivo. Quando falamos em mortes por picadas de insetos, um artigo publicado em 2011 pela USP mostra que ficam divididas em 30% por abelhas, 30% por formigas e 30% por vespas”, explica o professor.
Como no caso da pequena Rafaela, nem todo mundo sabe que tem alergia, então, é importante ficar atento a qualquer reação. Na verdade, é comum a picada de inseto apresentar vermelhidão, coceira no local da picada ou inchaço, porém, as reações podem ser mais graves em pessoas que são alérgicas, como inchaço em todo membro afetado ou pelo corpo, como ocorreu com Rafaela.
Queda rápida de pressão, sensação de desmaio, tonturas ou inchaço do rosto e da boca são sinais graves que apontam a necessidade de atendimento médico com urgência. “Existe uma série de variáveis, tem insetos com venenos que podem matar, depende se a pessoa é considerada extremamente alérgica, da quantidade de veneno e da distância que a vítima está do hospital, se vai demorar ou não para receber os medicamentos e procedimentos necessários”, salienta o especialista.