O Diário do Rio Claro dá início hoje a uma série que irá trazer à tona os municípios que integram o Vale do Ribeira, região localizada no sul do estado de São Paulo e no leste do estado do Paraná. A primeira cidade a ser abordada é Miracatu.
De acordo com informações contidas no portal Cidades Brasil e também no site da prefeitura de Miracatu, trata-se de um município situado no Estado de São Paulo, e formado pela sede e pelos distritos de Oliveira Barros, Pedro Barros e Santa Rita do Ribeira. Integra a Microrregião de Registro e da Mesorregião do Litoral Sul Paulista, juntamente com Juquitiba, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, localizados na Serra do Cafezal.
Miracatu integra o Parque Estadual do Jurupará, unidade de conservação do Estado de São Paulo, que agrega o Sistema Estadual de Florestas – SIEFLOR, e é administrado pela Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo. A cidade, conforme o último Censo, conta com 20.595 habitantes. Sua densidade demográfica é de 20,6 habitantes por km² no território do município.
HISTÓRIA
O antigo povoado de Prainha, localizado à margem esquerda do rio São Lourenço, deve seu nome a uma pequena praia onde paravam os canoeiros para descansar e fazer suas refeições durante a viagem. Sua origem estaria ligada ao núcleo surgido nas terras do francês Pierre Laragnoit. Em julho de 1847, por um milhão de réis, Laragnoit comprou uma sesmaria de Domingos Pereira de Oliveira e sua esposa.
Em 1944, o nome da cidade teve que ser mudado porque existia uma cidade com nome idêntico no estado do Pará. Prainha passou a ser então Miracatu, conforme informações disponibilizadas no portal da APAA – Associação Paulista dos Amigos da Arte.
MEIO AMBIENTE E ATRATIVOS
Miracatu consta como um dos poucos municípios onde ainda se encontra uma grande parte de remanescentes da cobertura original da Mata Atlântica (cerca de 77%), contando para sua preservação com unidades de conservação como APA Cananéia-Iguape-Peruíbe – Decreto nº 90.347, de 23.10.1984, complementada pelo decreto nº 91.892, de 06.11.1985. A sede da APA localiza-se em Iguape. Enfrenta problemas referentes à retirada de madeira, caça e extração de palmito.
De acordo com o portal www.saopaulo.sp.gov.br, Miracatu é cortada pelos rios São Lourenço, São Lourencinho, Itariri e seus afluentes, que deságuam no Rio Ribeira de Iguape. E é nos rios, inclusive, que estão importantes atrações de Miracatu, como as quedas d’água e cachoeiras, excelentes para a prática de esportes de aventura, áreas para banho, caminhadas e lazer. “A Cachoeira da Mutuca é uma das maiores cachoeiras subverticalizadas do Vale do Ribeira.
Ela tem 273 metros e é apropriada para atividades como trekking, escalada molhada, watertrekking, cascading, passeio ecológico com observação de fauna e flora, banho e educação ambiental. Já na Cachoeira da Pedra Grande, localizada na maior Unidade de Conservação do Estado de São Paulo, os visitantes podem praticar uma série de atividades em contato com a natureza, como o rapel e trilhas ecológicas”, destaca o site.
Um dos principais atrativos culturais de Miracatu é o Museu Municipal Pedro Laragnoit. O espaço, localizado no centro da cidade, conta com um acervo de aproximadamente 500 peças, resgatando a história da colonização do Vale do Ribeira, com peças raras, curiosidades e escritos. Entre os objetos, encontra-se a Bandeira Nacional que cobriu o caixão de Santos Dumont. A entrada é gratuita.
Ainda de acordo com o site www.saopaulo.sp.gov.br, a “Casa do Artesão” também é local indispensável durante visita a Miracatu. O espaço comercializa o artesanato produzido com a utilização da fibra da bananeira, que se tornou uma importante fonte de renda para as famílias do município. As peças são fabricadas na “Banarte”, uma cooperativa composta por artesãos, responsáveis pela confecção de tapetes, baús, almofadas, esteiras, bolsas, cachepôs, etc.
PERSONALIDADE
O município é a terra natal da medalhista olímpica Rosemar Coelho. “Medalha de bronze nos jogos Olímpicos de Pequim, ela chegou em quarto lugar na competição do revezamento 4×100, mas ganhou o bronze quando a atleta vencedora da competição foi desclassificada, devido ao escândalo de doping que envolveu praticamente toda a delegação russa.
A medalha foi entregue somente oito anos depois, após a conclusão das investigações do Comitê Olímpico. Agora, Rosemar quer fazer de Miracatu um centro de desenvolvimento do atletismo para as futuras gerações”, expõe o portal www.saopaulo.sp.gov.br.
COMO CHEGAR
Miracatu faz limite com os municípios de Juquitiba, Pedro de Toledo, Iguape e Juquiá e o acesso à cidade pode ser feito pela Rodovia Régis Bittencourt (BR-116). Tal acesso é realizado por intermédio da BR-116. Saindo-se de São Paulo, percorre-se 200 quilômetros até o trevo de Iguape, seguindo depois pela SP-222 até o município mencionado.