Pela quarta vez a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, assumiu interinamente a presidência da república. O motivo foi a viagem de Michel Temer (MDB) ao México, de onde deve partir para a África do Sul para a 10º Cúpula do Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), e que ocorre desta quarta-feira (25) até sexta-feira (27).
Com isso, Cármen Lúcia deve permanecer no cargo até o fim da semana. A ministra é a segunda mulher a ocupar o cargo na história do país. Vale resssaltar que na ausência do presidente em exercício, a linha sucessória para ocupar o cargo mais alto do país são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Democratas-RJ), seguido pelo Senado, Eunício Oliveira (Democratas-RJ), que também viajaram ao exterior para evitar o compromisso e se tornarem inelegíveis nas próximas eleições, de acordo com regras eleitorais.
REPETIDAMENTE
Desde abril o cenário se repete e dá sinais de que as velhas práticas políticas continuam as mesmas. Sempre que Temer viaja para fora do país, Maia e Eunício programam viagens internacionacionais para se esquivarem do compromisso imbuido nos respectivos cargos e não ficarem inelegíveis.
SUPREMO
O ministro e vice-presidente do STF Dias Toffoli, assumiu interinamente o posto até a retorno de Cármen Lucia. Assim, até o fim da semana ele responde pelo plantão judiciário, decidindo pedidos urgentes que chegarem ao STF.
Toffoli assume a presidência definitiva da Corte em setembro, quando acaba o mandato de dois anos da titular. Membro mais antigo do STF, é o único que ainda não exerceu a função. O ministro chegou à Corte em 2009, por indicação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.