O dia 2 de abril foi a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O objetivo da data, celebrada desde 2008, é chamar a atenção para o transtorno que atinge cerca de 70 milhões de pessoas no mundo. A Lei 13.652 de 13 de abril de 2018 instituiu em nosso país o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, por interesses e atividades do indivíduo realizadas de forma repetitiva.
Nos dias 4 e 5 de abril estivemos presentes no 1º Fórum sobre Conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA): Um Compromisso de Todos. O evento é uma parceria entre Secretaria Municipal da Educação, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e Fundação Municipal de Saúde. Com apresentações culturais e palestras com profissionais das áreas de educação, saúde, entre outros, o evento foi repleto de conteúdo, mas infelizmente, ficou muito claro através de relatos que ainda existe a falta de conhecimento. Infelizmente podemos identificar falta de conhecimento da sociedade que, em face disso, muitas vezes alimentada por teorias capacitistas, não entende as especificidades e potencialidades destas pessoas e o quanto é importante no contexto social a convivência com as diferenças para o crescimento de todos.
A falta de políticas públicas voltadas para estas pessoas, até mesmo em relação a dados oficiais, ainda é realidade. Após luta de movimentos foi sancionada em 2019 uma lei que acrescentaria, no censo 2020, perguntas em relação ao TEA. Mas o censo foi cancelado devido à pandemia de Covid-19 e está acontecendo este ano. É importante ressaltar a importância de dados e informações oficiais, para que as políticas públicas possam se desenvolver de forma assertiva, objetivando qualidade de vida e desenvolvimento da sociedade rumo à inclusão verdadeira.
Giro Inclusivo
Curso de capacitação para rede de atendimento a mulheres com deficiência
Estão abertas as inscrições para curso de capacitação para profissionais que atendem mulheres com deficiência vítimas de violência. As aulas on-line são voltadas a promotores, delegados, assistentes sociais e demais profissionais que atuam na área de proteção, e têm o objetivo de capacitá-los sobre como receber, atender e orientar essas mulheres a partir de um olhar empático.
O curso é fruto de uma parceria com a Univesp e se inicia no dia 24 de maio, com término em 24 de agosto. Usuários que completarem 75% de participação serão certificados. As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de maio pelo link apps.univesp.br/sdpd/.
O curso faz parte do programa TODAS in-Rede, da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e tem a parceria da prefeitura de Rio Claro, através da Diretoria de Politicas Especiais e Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Mais informações pelo telefone 3522-8000, Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Rio Claro.
Ministério do Turismo divulga resultado de pesquisa “Turismo Acessível”
O Ministério do Turismo divulgou na terça-feira (11/04) os resultados da pesquisa “Turismo Acessível: Mapeamento do Perfil do Turista com Deficiência”, realizada pela pasta em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A iniciativa tem o objetivo de traçar o perfil destes turistas e os seus hábitos de viagem, além de analisar a influência da acessibilidade na escolha do destino e atrativo turístico. Entre os resultados alcançados, o levantamento revelou que o turista com deficiência visual é o que mais viaja sozinho, enquanto os grupos com deficiência física, intelectual e mobilidade reduzida possuem alta incidência de viagens acompanhadas.
Além disso, o grupo de pessoas com deficiência intelectual, mental ou com transtorno do espectro autista são os que tem a maior porcentagem de sempre viajar acompanhados.
Os respondentes ainda destacaram a importância de se ter informações adequadas e precisas sobre a acessibilidade do lugar de acordo com o tipo de deficiência.
O mapeamento mostrou também a necessidade da acessibilidade atitudinal (atitudes ou comportamentos de uma pessoa ao se comunicar com uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida) no setor turístico, sendo esse fator considerado de maior relevância para todos os tipos de turistas na hora de fazer uma viagem, pois quando instados a responder se deixariam de visitar um atrativo turístico por ausência de acessibilidade atitudinal. Os turistas indicaram que sim, sem haver diferença estatística relevante entre os perfis de pessoas com deficiência.
Foto: Divulgação