O que comemos pode interferir no equilíbrio do planeta, a dieta sustentável nos dias atuais contribuem muito, pois tem baixo impacto ambiental, contribuindo também para a qualidade e segurança nutricional, uma vida mais saudável para as futuras gerações.
Alguns princípios regem a dieta sustentável que são: preferência por alimentos orgânicos, sempre que possível, preferência a produtos regionais e sazonais, evitar alimentos processados, atenção ao valor justo dos alimentos, contenção do desperdício de alimentos e economia de recursos, respeito a cultura de cada região.
Para preservarmos os recursos naturais do planeta, pesquisadores afirmam que devemos ter mudanças substanciais no padrão de alimentos, globalmente devemos aumentar o consumo de frutas, vegetais, castanhas e legumes e ter que reduzir em mais de 50% a ingestão de açúcar e carne vermelha.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, devemos limitar o consumo de carne vermelha a três porções de 100 gramas. Em contrapartida o consumo de legumes, verduras e frutas deve ser elevado para no mínimo 400 gramas diárias, Essas medidas irão contribuir para redução de gases de efeito estufa na atmosfera, em torno de 29%, contribuindo assim para diminuição do aquecimento global, também essa mudança nos hábitos alimentares ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer.
Outros padrões alimentares estão sendo propostos nesse contexto, como é o caso das dietas flexitariana criada em 1990, que limita o consumo de carne vermelha para apenas uma vez na semana, carne branca, meia porção por dia e laticínios, uma porção por dia. Em 2050 a emissão de gases do efeito estufa da agricultura teria uma redução mundial de mais de 50% se todos adotassem uma dieta flexitariana.
No inicio de 2019, cientistas reuniram-se com o propósito de desenvolver metas globais para dietas e produção sustentável de alimentos, surgiu assim a “dieta para saúde do planeta”, mais rígida que a flexitariana, que também limita a ingestão de alimentos de origem animal, gorduras saturadas, produtos altamente processados e com adição de açúcar e grãos refinados. A otimização da produção e a diminuição do desperdício também é o que enfatizou a pesquisa.
A reflexão sobre essas propostas são fundamentais no Brasil, cada pessoa consome em média 450 gramas de carne vermelha diárias, 50% a mais do que é recomendado pela OMS e cinco vezes maior do que a quantia recomendada pelas dietas sustentáveis. O hábito de ingerir frutas e legumes também fica bem abaixo do recomendado pela OMS, apenas 156 gramas diários.
Um cardápio sustentável vai requerer mudanças na rotina, porém essas mudanças irão contribuir com a saúde e com o meio ambiente, o importante é iniciar devagar, introduzindo vegetais, ervas, temperos e molhos diferentes, diversificar as receitas, lavar as frutas e picar com antecedência para substituir as guloseimas na hora da sobremesa. Essas mudanças de hábito contribuirão para uma vida melhor e um meio ambiente mais saudável.