Medo do desconhecido e os Limites da Compreensão Humana
Do que você tem medo? Quando criança a resposta provavelmente seria um monstro em baixo da cama, quando crescemos, nossos medos se tornam mais palpáveis, começamos a temer assaltos, perder alguém que você ama ou algo do gênero, após atingir uma certa idade o medo de ser esquecido ou até mesmo, o medo da morte nos assola, nós como seres humanos tememos o desconhecido como um mecanismo de defesa, e esse é um dos pilares do cosmicismo.
Basicamente o cosmicismo tem como arma principal o medo do desconhecido, de olhar para o espaço e ver que você é insignificante, já que o imenso cosmo sempre será um lembrete de nossa eterna ignorância como espécie, pois é algo tão imenso que não temos a menor ideia do que ele é ou o que pode estar adormecido nele.
Imagine que existe um ser que dorme no meio do universo, se ele acordar é o fim de tudo, por isso, existem deuses menores que tentam o manter dormindo, algumas pessoas enlouquecem só de pensar que o universo inteiro pode ser apagado por um ser que nem sabe do próprio poder, ou até mesmo tem ideia da sua própria.
Esse subgênero de terror mostra o porquê de autores populares do mesmo fazem tanto sucesso, nomes como Stephen King, Junji Ito entre outros beberam da fonte de um autor, H.P Lovecraft, este que foi responsável por popularizar o terror cósmico.
“A emoção mais antiga e mais forte da humanidade é o medo, e o mais antigo e mais forte de todos os medos é o medo do desconhecido.” – H.P Lovecraft
Basicamente esta frase diz exatamente o que é esse subgênero, algumas pessoas não temem o jeito que vão morrer, e sim o que vem depois da morte, somos apagados da existência? Existe um castigo divino? Somos abençoados com a vida eterna? Ninguém sabe, por isso tememos.
A maneira como os autores desde gênero nos coloca em seu trabalho é incrível, principalmente, quando são livros, pois precisamos imaginar e dar forma a algo que é basicamente inimaginável.
Sem dúvidas, se não fosse por Lovecraft, vários autores e obras aclamadas hoje, não existiriam, ele se tornou uma fonte que vários autores usam de inspiração, e que provavelmente vários outros novos escritores também vão usar de referência.
*Esse texto foi escrito pelo aluno Gabriel Héclis, da Escola Estadual Heloisa Lemenhe Marasca, membro do projeto Camões e possui caráter pedagógico.
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