Regressamos ao que já havíamos, em parte, relatado no final do mês de abril, sobre o nosso digníssimo Ministro do Meio Ambiente, Sr. Ricardo Salles, quanto a sua falta de transparência nas ações de sua pasta.
Agora, após a famosa e tão falada reunião ministerial, na qual se ouviu apenas palavras de baixo calão, onde tivemos a insatisfação de escutar o referido Ministro do Meio Ambiente, onde o mesmo expressou suas ideias quanto ao futuro de nossas florestas.
Disse em alto e bom som que o governo deveria aproveitar a crise instalada pela Covid-19 e burlar todas as punições contra os desmatadores afrouxando as leis punitivas para quem agride o Meio Ambiente.
Para amenizar, o Presidente Bolsonaro disse ao povo brasileiro que era uma reunião secreta, só para os ministros e que eles não poderiam ser responsabilizados por suas falas. Com certeza uma esdrúxula explicação sem sentido.
Diante disso, tiradas as dúvidas quanto à capacidade, caráter e idoneidade do Excelentíssimo Ministro do Meio Ambiente, só nos resta assistir de camarote o desmantelamento do Ibama e demais órgãos fiscalizadores.
Acordemos antes que seja tarde, pois o desmatamento da Amazônia e do Cerrado está subindo mais que o dólar e os contaminados pela Covid-19, há um custo irreversível para nossas riquezas naturais, clima e saúde pública.
Diariamente, escutamos pessoas da sociedade em geral afirmando que a Amazônia é nossa. Mas de quem? Dos madeireiros, grileiros, garimpeiros e de empresas estrangeiras que sugam as essências da floresta.
O Brasil possui rígidas leis ambientais quanto a questão da proteção de nossos recursos hídricos e da obrigatoriedade que cada proprietário rural tem quanto a preservação das matas existentes em sua área, de acordo com o bioma que este está inserido (Reserva legal).
Entende-se por Reserva Legal a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada do artigo 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como, o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora nativa (Novo Código Florestal).
Em minha opinião, um dos itens para uma pessoa ingressar na vida pública em um cargo de tal importância, seria ter o poder da soberania nacional, onde o amor a Pátria se sobressaísse aos interesses políticos e monetários. Acredito que sonhar não seja crime.
Chega de ficarmos comparando as ações do atual governo com as de governos anteriores, o agora é o que nos interessa, ou damos um basta na atual posição do ministro, ou, vamos criar três novos biomas, sendo um na Amazônia, um no Cerrado e outro na Mata Atlântica, com o seguinte slogan; “Visite o Brasil e conheça as incríveis dunas de nossos desertos recém constituídos”.