De acordo com informações solicitadas pelo Diário do Rio Claro, na área da 2ª companhia do 3º Batalhão de Policiamento Rodoviário, 76 motoristas foram autuados na Lei Seca por conduzirem seus veículos após ingerir bebidas alcoólicas e dirigir ou se recusar a realizar o teste.
Ainda de acordo com a Polícia Rodoviária, durante a Operação de Carnaval, entre os dias 1 a 5 de março, no total, 574 condutores que circularam pela área citada foram convidados a realizar o teste.
Em todo o estado de São Paulo, o Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv) vistoriou 32.123 veículos, resultando em 1.902 motoristas autuados por consumo de álcool ou por se recusarem a fazer o teste do bafômetro. Foram recolhidas 1.858 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) e 1.596 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV).
Houve 6.606 autuações por falta do uso do cinto de segurança, 2.113 por ultrapassagens pela contramão e 36 autuações em motociclistas sem equipamentos de proteção.
Os dados apontam que ainda falta conscientização dos condutores. “A combinação álcool e direção é o grande inimigo dos motoristas em todo o mundo, não somente nos feriados. Mesmo com a aplicação e a rigidez da Lei Seca no país, a ingestão de bebidas alcoólicas causa diversos acidentes em nosso trânsito”, avaliou o Comandante da 2ª CIA do 3ºBPRv, Capitão PM Tulio Cesar Vancim de Azevedo.
Para o motorista de aplicativo Felipe Zangrande, o carnaval até trouxe um certo retorno. Ele chegou a fazer de três a quatro viagens de Rio Claro para Cordeirópolis nos dias de festa, porém, reconhece que a maioria da população ainda não se conscientiza dos perigos no trânsito. “Percebi que teve bastante fiscalização, mas muita gente bebendo e dirigindo também.
No dia a dia, a gente percebe que as pessoas procuram Uber depois que já perderam a carteira de habilitação. Atendemos muitos passageiros com história de que a carta está suspensa porque foi pego no bafômetro.”
Ele relata ainda que o uso do aplicativo tem crescido aos poucos. “Está aumentando a cada dia o número de passageiros, muita gente ainda está conhecendo esta possibilidade de não sair com o próprio carro, mas a porcentagem é pequena ainda”, avaliou.
PENALIDADES LEI SECA
O comandante diz ainda que a atual legislação já penaliza motoristas que conduzam com nível de álcool superior a 0,04 mg/l até 0,33 mg/l no ar expelido no teste do etilômetro, com medidas administrativas, sendo autuação no valor de R$ 2.934,70 e a suspensão do direito de dirigir pelo período de um ano.
“Cabe ressaltar que a mesma medida é aplicada ao condutor que recusar-se a realizar o teste. Acima do índice 0,33 mg/l, o condutor, além de ser responsabilizado na esfera administrativa, incorre na esfera penal, sendo conduzido à delegacia de polícia pelo crime tipificado no artigo 306 do Código de trânsito Brasileiro”, alertou.
O trabalho do policiamento rodoviário abrange a fiscalização, a orientação e também a conscientização sobre o risco que se enfrenta ao conduzir o veículo sob o efeito do álcool, uma vez que o reflexo do motorista diminui, causando sonolência e falta de atenção.
DETRAN
De acordo com dados divulgados nessa semana pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), durante o ano todo de 2018 foram 161 autuações e, em 2017, 152 multas por embriaguez ao volante.
MORTES
Vinte e uma pessoas morreram nas rodovias paulistas nesse feriado de carnaval, em 824 acidentes que deixaram feridas 426 pessoas, sendo 96 graves e 330 leves. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira de Cinzas (6) pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Se comparado com o carnaval de 2018, houve aumento de 1,5% no número de acidentes e de 33,5% no número de feridos. Já o número de mortes se manteve, ou seja, 21 pessoas mortas nos dois carnavais.