A mãe conta que não conhecia o autismo, até que familiares começaram a observar o João aos dois anos de idade, hoje com 8. “Comecei a pesquisar e ele se encaixava em muita coisa que eu li. Passamos por um momento de aceitação, de muito choro, ficamos assustados por não saber como seria. Mas logo em seguida já começou com o atendimento com fisioterapias, neurologista, fizemos todos os exames possíveis. Mas o laudo saiu só após três anos”, conta a mãe Geovana Caroline de Almeida, que também tem o filho Donisete, de 10 anos, que posteriormente também foi confirmado que estava inserido no espectro autismo. “O Doni era o oposto do João que sempre foi calmo, não chorava. Já o Doni quase não dormia, ai começaram a fazer terapia”, relata.
Os meninos são atendidos no Centro Princesa Victória. “Fazem a terapia em grupo, hoje fazem também terapia ocupacional, fonoaudióloga, estou tentando a musicoterapia para o João que gosta muito. A terapia muito, só tenho que agradecer o Princesa e a escola que eles estudam que é o Maria Marrotti, tem professores de apoio. Uma união tem ajudado”, destaca.
Desde pequeno o João sempre andou nas pontas dos pés e o Doni começou também, fizemos vários tratamentos pata tentar evitar, com pesos, fitas sensoriais, fisioterapia intensiva para ver se abaixava o pé, no dia 24 de janeiro tivemos consulta e o médico viu que o pé do Donisete precisa de cirurgia, não tem outro jeito”, disse a mãe. O menino deve passar por cirurgia daqui um mês. “Vai cortar o tendão e colocar gesso, precisa ficar por uns três meses sem colocar o pé no chão. Já conseguimos cadeira de rodas, de banho pelo Princesa Vitória e outros objetos. Depois de dois meses vai precisar ficar com a órtese por tempo indeterminado. O médico disse que se não usar, não adianta”, observa.
De acordo com a mãe o João não precisa fazer a cirurgia, mas também precisa da órtese para prevenir. “Precisa colocar a órtese imediatamente, para não acontecer de perder os movimentos como o irmão.”
CAMPANHA
A mãe tem realizado uma campanha para arrecadar recursos no tratamento dos meninos. A cirurgia e o hospital não serão pagos, porém a família precisa de ajuda para a compra das órteses e custos dos medicamentos ao longo da recuperação que pode durar cerca de seis meses. A mãe conta com a solidariedade das pessoas neste momento. “São órteses especiais, precisam ser feitas sob medida, não conseguimos comprar em qualquer lugar. O lugar mais barato que achei era R$1.200 em São Paulo, mas teria que ir fazer medida e ia ficar mais caro do que em Rio Claro. As duas órteses ficam em R$2.700. Já recuperação é longa, são dias de luta. Fico muito grata a quem puder ajudar.”
A vakinha está sendo feita no link: http://vaka.me/2656471.
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação