O que mais tem se ouvido nos últimos dias, principalmente, entre a segunda e essa quarta-feira (6) foram relatos de moradores de Rio Claro relacionados à má qualidade da água que tem chegado nas residências. “Cidade Nova sem condições, não tem como tomar banho ou lavar roupas”, disse um dos moradores.
A condição da água foi assunto em vários bairros da cidade como Jardim Figueira, Bela Vista, Jardim América, Santa Cruz, Vila Indaiá, Distrito de Assistência e muitos outros. “ Eu faço parte de um grupo com 161 famílias e todos estavam reclamando. O pior é que recebemos água suja e isso não é abatido na conta. Acabamos gastando mais porque essa água que chega não dá para usar. Tem pessoa com canil que gastava na faixa de R$300 a R$400 e agora está pagando conta de R$897 porque tem que jogar essa água suja fora. Eu tenho dois filtros que deveriam ser trocados a cada 6 meses, mas com esse problema da água que chega na nossa casa preciso trocar a cada três meses. A gente reclama no Daae, mas nenhuma providência é tomada”, relatou ao Diário o morador do bairro Vila Indaiá, Eli Antonio Scatolin.
PARECER DAAE
O Daae esclarece que, conforme divulgado na terça-feira (5), a ETA 2 e a Central de Abastecimento precisaram ser paralisadas em razão da falta de energia elétrica.
A autarquia frisa que, na normalidade das operações de fornecimento de água, esse fato não acontece, somente quando há paralisações.
A paralisação prejudicou o fornecimento de água em dezenas de bairros, inclusive no distrito de Assistência. No retorno do abastecimento, a água, como é comum ocorrer nestes casos, apresentou alteração na coloração. A coloração da água se apresentou mais escura em razão da falta do produto Ortopolifosfato no processo de tratamento feito pela autarquia.
Porém, o Daae ressalta que, mesmo sem a utilização do Ortopolifosfato, a água fornecida aos moradores em toda a cidade está dentro dos padrões de potabilidade e qualidade, determinados pelo Ministério da Saúde.
O produto não está sendo utilizado no momento, pois a gestão anterior teve dificuldades contábeis/orçamentárias para a compra no prazo e, ao realizá-la por compra direta, houve demora para a entrega do produto em razão da pandemia do Covid-19. A entrega ocorrer nesta quinta-feira (7).
Ainda, a nova gestão do Daae está providenciando também um processo licitatório para compra de Ortopolifosfato em quantia maior.
Conforme o abastecimento vai sendo retomado gradativamente nos bairros, são realizadas descargas em diversos pontos da rede, mas mesmo assim, pode haver casos pontuais de cor escura na água. Nessas situações, os munícipes devem relatar o ocorrido para a Central de Atendimento do Daae pelo telefone 0800-505-5200, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive feriados, e atende ligações de telefones fixos e celulares.
Ao informar o endereço completo da ocorrência de água mais escura, o consumidor pode também, pedir a descarga do cavalete do seu imóvel gratuitamente para corrigir a situação.
Foto: Rede Social