“Meu pai tá mandando um abração e disse que você sumiu”, dizia a mensagem de WhatsApp que recebi há duas semanas do meu amigo Lu Garrito, filho do Lendário Jatobá. Na sequência, prometi que apareceria qualquer hora para a gente prosear, porém, não deu tempo e qual não foi minha surpresa ao acordar na manhã de ONTEM e, antes do café, ouvir a mensagem enviada por Lu, às 4h06 da madrugada, dizendo que o seu pai havia partido.
Tristeza que inundou os nossos corações e que fez o dia andar mais devagar, como que não querendo crer no fato. Não vi Jatobá jogar e o conheci através da possibilidade gerada pelo Jornalismo de fazer uma matéria acerca de sua extensa e profícua carreira futebolística.
Já com dificuldades para andar, não hesitou em ir até o Estádio Dr. Augusto Schmidt Filho para que fizéssemos um ensaio fotográfico, momento em que pude testemunhar sua alegria por poder novamente, depois de tanto tempo, pisar em um gramado.
Naquela manhã, aprendi mais sobre o Futebol que qualquer cartilha já tenha publicado e, enquanto enumerava gols, recordava os maiores rivais em campo e escalava a Seleção Rio-Clarense de Todos os Tempos. Entendi a frase do escritor Albert Camus, que diz: “O que mais sei sobre a moral e as obrigações do Homem devo ao Futebol”.
Com a sua partida para o Time Celestial, perde a Memória do Futebol e perde a Cidade Azul, entretanto, ainda que com o sentimento de vazio pela sua morte, farei de sua definição para o esporte praticado nas quatro linhas o meu estandarte. – Seu Jatobá, o que é o Futebol? “Ora, ora, Futebol é Paixão, Amor e Alegria!”. Luiz Garrito, que era viúvo de Armelinda Cresta Garrito e que deixa os filhos Luis Ascânio e Franceli, além de quatro netos, será cremado HOJE, às 10 horas, em Piracicaba.